O trilionário Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado pelo presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (11) ressuscita uma das obras de infraestrutura mais faladas em SC ao longo dos últimos anos, a Ferrovia do Frango. O PAC não prevê o início das obras, mas coloca o projeto em “estudos de novas concessões”.
A ferrovia deve transportar cargas entre a região Oeste e os portos no Litoral de Santa Catarina – especialmente carne de aves e suínos, que estão entre os principais produtos de exportação no Estado.
Em 2020, a Valec, estatal que responde pelos projetos de ferrovias no país, divulgou um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que considerou a Ferrovia do Frango cara demais. Foram analisados dois traçados, ambos saindo de Dionísio Cerqueira.
Um dos trajetos era em Y, com a bifurcação da ferrrovia a partir da chegada ao Litoral. Um trecho seguiria para o Norte, a partir de Tijucas, e o outro para Imbituba. Na época, a estimativa foi que essa obra custaria R$ 21 bilhões e não teria sustentabilidade econômica nem viabilidade financeira.
Na época, a Fiesc defendeu uma mudança no traçado, iniciando a ferrovia em Chapecó – o que diminuiria de forma significativa os custos. Mas a proposta da Ferrovia do Frango permaneceu em “banho-maria”.
Com a inclusão no PAC, o governo federal dá novo fôlego para os estudos e uma esperança a Santa Catarina de que a ferrovia possa sair do papel. A urgência é maior diante das obras da ferrovia que ligará o Paraná ao Oeste de Santa Catarina, que pode facilitar o escoamento de cargas via Porto de Paranaguá.