A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira (15), a partir das 14h, João Pedro Stédile, líder do MST.
A convocação de Stédile veio de um requerimento do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), apoiado por Kim Kataguiri (União-SP) e Coronel Assis (União-MS), e tende a ser um dos últimos atos relevantes do colegiado, cuja investigação foi esvaziada na semana passada por ação do governo. Republicanos e Progressistas, que negociam espaço na Esplanada, trocaram seus integrantes por deputados mais alinhados ao governo. Patriotas e União Brasil, que já estão na base, fizeram o mesmo, garantindo maioria aos governistas e inviabilizando o avanço da apuração.
Até a ofensiva do governo, o presidente da CPI, deputado Zucco (Republicanos-RS), e o relator, Ricardo Salles (PL-SP), pressionavam Arthur Lira (PP-AL) para prorrogar os trabalhos. O presidente da Câmara, porém, já havia sinalizado que não estava disposto a acolher o pedido e deixou isso claro ao interferir na convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), cancelando na canetada seu depoimento. Em entrevista à Jovem Pan News, na semana passada, Salles admitiu que deve concluir os trabalhos até o fim do mês e que teme pela não aprovação do relatório final.