O apresentador e comediante Fausto Silva está na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) no aguardo para realizar a cirurgia de transplante de coração por conta do agravamento de um caso de insuficiência cardíaca. Contém informações do g1.
A informação, divulgada neste domingo (20) por um boletim médico do Hospital Albert Einstein, gerou dúvidas em alguns internautas, que se questionaram sobre o funcionamento do transplante de órgão no país.
Faustão está internado em hospital particular, mas espera um transplante pelo SUS. Como assim? É isso mesmo! Apenas o SUS realiza e controla transplantes de órgãos e tecidos (incluindo transfusão de sangue!). O SUS é de todos e para todos.
No Brasil, a lista de transplantes de órgãos é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Vinculado ao Ministério da Saúde, é o SNT que organiza, coordena e regulamenta os transplantes no país. A Central Nacional de Transplantes funciona 24 horas por dia no Aeroporto de Brasília.
O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, informa o Ministério da Saúde. Entretanto, o grande volume de procedimentos faz com que a quantidade de pessoas ainda precise passar por uma lista de espera.
Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, a fila de transplante de órgãos no Brasil passou de 50 mil pessoas pela primeira vez em março, desde 1998. A maioria dos pacientes esperava por um rim, quase 30 mil pessoas.
A Associação Brasileira de Transplantes alerta que é preciso aumentar as autorizações para doação de órgãos. Em 2022, o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%.
Como funciona
Veja o passo a passo de como funciona o processo. As informações são do G1.- O primeiro passo é que o médico responsável cadastre o paciente na lista única de transplantes;
- A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde;- A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
- Os pacientes que estão na fila são classificados de acordo com as necessidades médicas;- Entre os tópicos de classificação estão o órgão que o receptor precisa, qual o estágio de gravidade da doença, qual o tipo sanguíneo e outras especificações técnicas;
- A compatibilidade genética também é um fator importante na decisão de quem receberá o órgão;- Outro fator fundamental é a localização porque é preciso levar em conta o tempo de isquemia, que é o tempo de duração deste órgão fora do corpo;
- O tempo de isquemia, inclusive, determina que se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;
- Além das particularidades, entre os fatores de desempate estão a gravidade da doença e crianças, que são prioridade tanto em caso de o doador ser uma criança como quando concorrem diretamente com adultos.