POLÍCIA - 29/08/2023 11:51

Foragido, ex-PM de SC condenado a quase 100 anos é preso na fronteira do Brasil e Argentina

Homem já foi considerado um dos principais criminosos da região sul do país e estava foragido desde março deste ano
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Homem estava foragido desde março deste ano – Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um ex-policial militar de Santa Catarina, condenado a quase 100 anos de prisão, foi preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul na última sexta-feira (25). Ele foi encontrado na fronteira entre o Brasil e a Argentina. Entre os crimes pelos quais foi condenado, estão as mortes de outros dois policiais, ocorridas em 2001 em Joinville. Além disso, homem de 58 anos já foi considerado um dos principais criminosos da região sul do país.

O ex-PM, natural de Catanduvas, estava foragido desde março deste ano. Ele tem registros criminais nos três estados do Sul do Brasil pelos crimes de homicídio, sequestro, extorsão, roubo a banco, porte ilegal de arma de fogo e estelionato. Além disso, é considerado um dos fundadores de uma facção catarinense, mas, atualmente, tem ligação com outra facção.

Condenações

“Ao todo, ele já foi condenado a uma pena de 96 anos, 9 meses e 25 dias a cumprir. Até o momento, entre fugas e recapturas, cumpriu 33 anos e ainda restam 63 anos de pena a cumprir”, diz o delegado Gabriel Casanova.

Entre suas condenações, está o homicídio dos dois policiais federais rodoviários, praticado em Joinville. Após fugir da Penitenciária Estadual de Florianópolis, em 2001, ele e um comparsa foram abordados em na cidade do Norte catarinense pela dupla de policiais. Ele transportava uma metralhadora em uma maleta preta e conseguiu render os patrulheiros. Mesmo após dominá-los completamente, o ex-pm e o outro acusado executaram os policiais a sangue frio.

No ano de 2002, com o objetivo de evitar sua prisão, o homem manteve três pessoas como reféns ao ser perseguido pela Polícia Federal de Curitiba (PR).

Ele e seu comparsa foram julgados pelo Tribunal do Júri catarinense, sendo condenados a 41 anos de prisão pela morte das vítimas.

Além dessas condenações, o indivíduo atualmente responde a dois processos: um por tentativa de homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro, receptação e organização criminosa na Comarca de Taquara (RS); e outro por tentativa de homicídio qualificado, roubo majorado, receptação, associação criminosa e posse irregular de arma de fogo na comarca de Sapiranga (RS). A soma das penas desses outros crimes, se condenado, poderá ocasionar uma nova condenação a mais de 50 anos para o indivíduo.

Fugas

Após ser preso, em 2020, ele teve deferida a progressão de regime, momento em que passou a cumprir a condenação no semiaberto e foi transferido para o Instituto Penal Miguel Dario.

Após 20 dias de cumprimento no regime semiaberto, ele fugiu do estabelecimento prisional. Foi recapturado em janeiro de 2021 em Porto Alegre (RS) e estava recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, desde aquele ano.

Em dezembro de 2022, teve deferida novamente a progressão para o regime semiaberto. Como não havia vaga em instituição prisional para esse regime, foi deferido o uso de tornozeleira eletrônica. Após utilizar a tornozeleira por pouco mais de dois meses, o indivíduo rompeu o dispositivo e fugiu em 8 de março deste ano, sendo considerado foragido desde então.

Investigação e prisão do foragido

Ao chegar ao conhecimento da Delegacia de Capturas que o investigado estava foragido, foram realizadas diversas diligências investigativas. A partir disso, constatou-se que ele recebeu auxílio de outra pessoa com quem cumpriu pena para se esconder.

Após investigação, o alvo da ação foi localizado na cidade de Itaqui (RS), fronteira entre o Brasil e a Argentina. A equipe realizou diversas ações na cidade e após várias horas de monitoramento, o indivíduo foi visto saindo do local que estava residindo e foi abordado na rua. Não houve reação.

“Até o momento não há informações se ele estava planejando sair do país ou mesmo realizar outras atividades criminosas. No entanto, a sua prisão é considerada fundamental, a fim de evitar que indivíduos de tamanha periculosidade permaneçam soltos e impunes aos processos e condenações pelos seus atos praticados”, diz o delegado.

Fonte: ND+
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