
Por enquanto, cerca de 400 funcionários de 20 companhias inscritas vão participar de projeto-piloto que reduzirá a carga horária de trabalho de 40 para 32 horas semanais sem alteração de salário.
O projeto é conduzido pela consultoria de felicidade corporativa Reconnect Happiness at Work e pela 4 Day Week Global, em parceria com pesquisadores do Boston College, e terá início em dezembro de 2023 ou janeiro de 2024, com previsão de término após seis meses.
Durante os três meses de planejamento, elas continuam na semana de cinco dias de trabalho até definirem estratégias — se será a sexta ou outro dia de folga (além do sábado e domingo), como comunicar aos clientes e a outras partes interessadas, como fazer a primeira pesquisa quantitativa e também as conversas da pesquisa qualitativa com a FGV (Fundação Getulio Vargas.
“Este é um passo importantíssimo para revolucionar o mundo do trabalho, possibilitando mudanças no desempenho dentro de nossos cargos, tornando a jornada de trabalho mais produtiva e ao mesmo tempo saudável”, afirma Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness at Work.
Como funciona
"O objetivo da metodologia da semana de quatro dias não é simplesmente trabalhar um dia a menos, mas sim redesenhar a forma de atuação das empresas, que poderão fazer uma melhor gestão de tempo, automatizando processos, delegando tarefas e principalmente revendo prioridades durante a rotina", afirma a organização 4 Day Week Global.
A organização realiza estudos com empresas ao redor do mundo para experimentar a semana de trabalho de quatro dias. O objetivo é melhorar a produtividade, a satisfação dos funcionários e promover um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
O Brasil, país mais ansioso do mundo e o segundo em sintomas de burnout, parece um lugar ideal para experimentar os efeitos da redução de jornada. Segundo uma pesquisa, 80% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os sintomas da síndrome de burnout.