A pequena cidade de Muçum, no Rio Grande de Sul, uma das mais afetadas pelas chuvas recordes que atingiram o estado após a passagem de um ciclone, foi completamente destruída pelas águas e precisará ser reconstruída.
De 40 mortes já confirmadas na região, causadas pelo desastre, 15 aconteceram na cidade de cerca de 4 mil habitantes, todas elas já identificadas, de acordo com Trojan.
Ao menos 20 pessoas seguem desaparecidas no município, informou, e entre 200 e 300 estão desabrigadas e ocupando os espaços organizados pela cidade para acomodá-las provisoriamente.
“É realmente uma situação muito, muito grave, destruiu a cidade”, disse Trojan.
“Não temos mais a cidade. O município de Muçum como era conhecido não existe mais. Vai ter que passar por todo um grande processo de reconstrução nos próximos meses, eu diria até nos próximos anos.”
O prefeito informou que o volume de água que cobriu a cidade é o maior já registrado, e veio quando a cidade ainda tentava se recompor de um temporal de granizo – também “o pior temporal de granizo da nossa história”, de acordo com Trojan – que aconteceu apenas 15 dias antes e destruiu cerca de 1.000 casas.
“Estávamos tentando criar estruturas para se recuperar daquela catástrofe, e agora tivemos esse furacão”, contou.
“De forma muito rápida a enchente chegou às residências e em volumes jamais vistos. É a maior enchente da história de Muçum e por uma margem muito grande da que, agora, é a segunda maior.”
Trojan informou que a prefeitura está em conversas tanto com o governo do estado quando o governo federal para conseguir recursos para a reconstrução da cidade e também para o atendimento às famílias atingidas.
As equipes seguem com o trabalho de buscas e também de limpeza de ruas e edifícios inundados. Os times incluem pessoal dos Bombeiros, Defesa Civil, Exército e também voluntários, contou Trojan.