SAÚDE - 26/09/2023 21:59

Um a cada 10 moradores de SC foram diagnosticados com depressão

Dados apresentados no evento Super 17 mostram que 13% dos catarinenses lutam contra a doença
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930 mil pessoas têm depressão em Santa Catarina. A afirmação foi apresentada pela ACM (Associação Catarinense de Medicina), no evento Super 17, promovido pelo grupo ND em comemoração aos 17 anos do jornal ND. 

Com o tema “O Futuro da Saúde em Santa Catarina”, o evento, quarto realizado, discutiu a importância da medicina preventiva no Estado, nesta terça-feira(26).

Segundo Ademar José de Oliveira Paes Junior, presidente da ACM, a organização realizou uma pesquisa, com pranchetas nas mãos e nas casas de catarinenses, para descobrir quais eram os indicadores de saúde de Santa Catarina.

Ao todo, segundo a entidade, 91% das pessoas diagnosticadas com depressão no Estado fazem tratamento com remédios. O número representa ao menos 846 mil pessoas fazendo uso de medicamentos contra a doença.

Principais destaques apresentados

Ainda durante a apresentação, a ACM divulgou outros indicadores que merecem a atenção dos catarinenses. Entre eles, que 8% da população do Estado ingerem bebida alcoólica cinco ou mais dias por semana. O número representa 573 mil pessoas em Santa Catarina.

De acordo com o estudo, cerca de 59% dos catarinenses consomem verduras e legumes em suas dietas cinco ou mais dias por semana, o que equivale a aproximadamente 4,244 milhões de pessoas. Curiosamente, os indivíduos com 60 anos ou mais costumam aderir mais ao hábito, o que representa 62,8% dos entrevistados.

A região Oeste do estado se destaca como a que mais consome verduras, abrangendo 55,4% dos entrevistados da região, o que representa cerca de 1,018 milhão de pessoas com dietas ricas em vegetais nesta área.

Outro indicador é que de dois em cada 10 entrevistados com idades entre 18 e 24 anos, consomem refrigerantes em cinco ou mais dias da semana, o que equivale a cerca de 287 mil jovens dessa faixa etária.

Em relação à prática de atividade física, aproximadamente 55% dos entrevistados relataram se exercitar regularmente.

A Grande Florianópolis lidera com o maior percentual, representando 59,3% dos entrevistados da região, o que corresponde a cerca de 3,974 milhões de pessoas ativas em toda a população.

A pesquisa também indica que 32% dos entrevistados gastam três ou mais horas do seu tempo livre em frente a telas. Destes, 15% passam mais de 3 horas assistindo TV. Isso equivale a cerca de 2,293 milhões de pessoas com alto tempo de exposição a telas, e 1,075 milhão delas passam um período prolongado assistindo televisão.

Quando se trata de hipertensão arterial, um em cada quatro entrevistados é afetado, totalizando cerca de 1,791 milhão de pessoas. Os entrevistados com 60 anos ou mais apresentam a maior incidência, com 54% deste grupo afetado, o que equivale a aproximadamente 1,125 milhão de idosos com hipertensão.

A pesquisa também revela que 13% dos entrevistados foram diagnosticados com depressão. Dessas pessoas, 91% fazem uso de medicamentos para tratar a condição. Isso significa que aproximadamente 166,573 indivíduos da população de 7,165 milhões foram diagnosticados com depressão e estão sob tratamento medicamentoso.

Qualidade de vida

Carmen Zanotto, a Secretária de Saúde de Santa Catarina, destaca que o estado possui a maior expectativa de vida entre os estados brasileiros e uma das menores taxas de mortalidade infantil do país.

Ela ressalta que Santa Catarina conta com uma impressionante cobertura de 90,42% das equipes de saúde da família. Essas equipes são compostas por diversos profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde, e desempenham um papel fundamental no atendimento e tratamento dos pacientes nos centros de saúde.

Exames desnecessários

Ainda no evento, o médico oncologista Luiz Alberto da Silveira falou sobre a hipervalorização de exames desnecessários. A substituição deste primeiro contato pelos exames complementares resulta, muitas vezes, em consultas desnecessárias e falhas de diagnóstico.

Silveira comparou o cenário atual com um princípio que carrega consigo desde a faculdade. “Olha e veja, palpe e sinta. Hoje o exame físico, a anamnese (contato entre médico e paciente), a avaliação olho no olho, foi trocada pelo exame complementar. [Hoje é] o exame complementar que dá o diagnóstico. Esse exame não dá mais a atenção que deveria ter sido dada de forma mais completa ao paciente”, pontua o médico.

Saneamento básico e atividade física

Em sua fala, a também convidada Sendi Lopes, gerente executiva de saúde e segurança do SESI/SENAI Santa Catarina, falou sobre a importância das atividades físicas. Para ela, as empresas, por exemplo, não devem apenas falar sobre a importância do exercício, mas proporcionar meios para que sejam praticados.

“É muito diferente você colocar um cartaz dentro da empresa falando da importância da atividade física, do que proporcionar isso para trabalhadores. Por mais óbvio que isso pareça, se queremos prevenir doenças das pessoas, precisamos pensar nelas, as próprias pessoas”, explica.

Ainda no evento, o presidente da ACM falou sobre a importância do transporte público de qualidade e o saneamento básico no Estado.

“Precisamos ter um olhar completo. Entender que saúde também é ter um bom saneamento básico, que pegar horas de transporte coletivo, também é saúde. No final, tudo vai ser refletido na saúde”, declara Silveira.

A fala do presidente vai também de acordo com o que diz a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz). Em seu site oficial, a fundação explica que a  saúde dos indivíduos e da população é influenciada por fatores de diferentes ordens entre os quais incluem: o lugar onde vivemos, as condições ambientais, os fatores genéticos, a renda dos indivíduos e o nível educacional e a rede de relações sociais.

Fonte: ND+
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