A bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico norte-americano Drew Weissman receberam, nesta segunda-feira (2), o prêmio Nobel de Medicina por descobertas que levaram ao desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19.
“Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, disse a Fundação Nobel no momento do anúncio.
Karikó foi vice-presidente sênior e chefe de substituição de proteínas de RNA na BioNTech até 2022 e desde então atua como consultora da empresa. Ela também é professora da Universidade de Szeged, na Hungria, e professora adjunta da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia.
A húngara descobriu uma maneira de evitar que o sistema imunológico desencadeie uma reação inflamatória contra o mRNA produzido em laboratório, anteriormente visto como um grande obstáculo contra qualquer uso terapêutico do mRNA.
O prêmio foi entregue pela Assembleia Nobel da Universidade Médica do Instituto Karolinska, na Suécia, e também vem com 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5 milhões).
O Nobel, entregue pela primeira vez em 1901, foi criado pelo inventor da dinamite sueco e rico empresário Alfred Nobel, e é atribuído a realizações na ciência, literatura e paz, e nos anos posteriores também à economia.
O prêmio de medicina do ano passado foi para o sueco Svante Paabo pela sequenciação do genoma do Neandertal, um parente extinto dos humanos atuais, e pela descoberta de um parente humano até então desconhecido, os denisovanos.