A reforma tributária entra na reta final de discussão no Senado a partir desta terça-feira, com previsão de votação do texto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo o site R7, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já se comprometeu a pautar a matéria no plenário na sequência e votar em dois turnos até esta quinta-feira. Por ter sido modificada pelos senadores, a proposta precisará voltar para uma reanálise da Câmara. Mesmo assim, a expectativa é de promulgação do texto ainda neste ano.
Para garantir apoio, o relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que acolheu mais de 250 sugestões ao parecer, de um total de aproximadamente 700 emendas. "Foi um relatório construído a muitas mãos, ouvindo a sociedade civil, setores produtivos, governadores, prefeitos, e também em uma grande articulação com o governo federal", disse. Em meio às discussões finais, Braga mostrou-se otimista. "Estamos muito próximos de fazer história", disse.
A reforma também conta com aval da equipe econômica do governo federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (6) que o texto traz previsibilidade, mas que, "na lente do ideal, seria nota 7 ou 7,5". "À luz da situação atual, a matéria nos levará para uma situação muito elevada", avaliou o ministro, sinalizando que o sistema atual tem nota de 1 ou 2". "Não é uma reforma, é uma construção que está sendo feita para aproximar o país ainda mais da realidade do mundo desenvolvido."