INFLAÇÃO - 10/11/2023 09:23

Inflação perde força e sobe 0,24%, puxada por disparada das passagens aéreas

Avanço faz IPCA acumular alta de 4,82% nos últimos 12 meses, taxa acima do teto da meta pelo segundo mês, mostra IBGE
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
A inflação oficial de preços do Brasil perdeu ritmo após três meses consecutivos de aceleração e subiu 0,24% em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa positiva foi influenciada pelo salto de 23,7% no valor das passagens aéreas, que já haviam saltado 13,47% em setembro.

“É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, explica André Almeida, gerente responsável pela pesquisa.

Com a desaceleração, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) agora acumula alta de 4,82% no acumulado dos últimos 12 meses, taxa acima do teto da meta pelo segundo mês consecutivo.

Para os analistas do mercado financeiro, a inflação deve arrefecer e chegar ao final deste ano em 4,63%, patamar dentro do intervalo perseguido (de 1,75% para 4,75%) pela primeira vez desde 2020. O BC (Banco Central) calcula que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 67%.

No mês, oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa tiveram inflação, com destaque para as variações de preços dos transportes (+0,35%) e alimentos e bebidas (+0,31%), que têm maior peso no índice.

Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como destaque as altas do táxi (+1,42%) e do óleo diesel (+0,33%), único item dos combustíveis que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram.

“A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes”, afirma Almeida.

Alimentos

Os preços dos alimentos e bebidas, que vinham de quatro deflações consecutivas, voltou a subir, com variação da alimentação no domicílio (+0,27%). A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (+11,23%), da cebola (+8,46%), das frutas (+3,06%), do arroz (+2,99%) e das carnes (+0,53%).

Almeida destaca ainda que o arroz acumula alta de 13,58% no acumulado deste ano. "Esse resultado é influenciado pela menor oferta, já que ele está no período de entressafra e houve maior demanda de exportação. No caso da batata e da cebola, a menor oferta é resultado do aumento de chuvas nas regiões produtoras, que prejudicou a colheita", explica ele.

Por outro lado, os preços das carnes vinham em queda desde janeiro, e a deflação acumulada no período é de 11,08%. Outros itens básicos na mesa do brasileiro tiveram queda em outubro, como o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,42%) ficou mais cara, com o aumento da refeição (0,48%) e do lanche (0,19%). “De maneira geral, esse grupo tem apresentado altas seguidas, mas em outubro houve uma aceleração, passando da variação de 0,12%, em setembro, para 0,42%”, diz o pesquisador.

Fonte: R7
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...