Ambas as operações começaram após fiscalizações da Receita Federal e foram identificados indícios de que, além do crime de sonegação fiscal, foram cometidos atos ilícitos, como pagamento de propina e desvio de dinheiro público. Com isso, foram iniciadas investigações criminais, que culminaram na deflagração da fase ostensiva das operações, com participação da Receita, Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal) e TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Fiscalização
Conforme o auditor fiscal Rogério Penna, supervisor das operações, nesta fase, foram fiscalizadas 20 pessoas e empresas. Enquanto na primeira fase foram encontradas empresas que recebiam recursos públicos, após serem contratadas, e que escoavam dinheiro, quase sempre em espécie, simulando operações de consultoria com empresas de fachada, na segunda fase foi identificado o outro lado do processo de lavagem de dinheiro.
As empresas de fachada são de diversas naturezas, dentre as quais, administradoras de imóveis e estacionamentos, de lojas de luxo, escritórios de advocacia, empresas de TI e locadoras de automóveis.
As empresas que tinham operações regulares e comprovadamente lavaram dinheiro foram autuadas. Já as criadas apenas para lavar dinheiro foram bloqueadas. Também foram identificados empréstimos fictícios, aquisições de imóveis subfaturados e de bens de luxo em espécie. Todas essas operações demandaram mais de uma centena de diligências para que a Receita conseguisse levantar provas suficientes para comprovar os ilícitos.
“Nosso papel está cumprido. A persecução penal segue, através dos órgãos competentes, Polícia Federal e MPF”.