Após dois anos de queda devido aos impactos da pandemia de Covid-19 na saúde pública, a expectativa de vida ao nascer no Brasil voltou a crescer. A atualização, apresentada nesta quarta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que a longevidade aumentou 2,6 anos, de 72,8 para 75,5 anos, entre 2021 e 2022.
O aumento da expectativa de vida, no entanto, ainda não reverte a redução de 3,4 anos estimada nos dois primeiros anos da crise sanitária que causou mais de 700 mil mortes no Brasil desde 12 de março de 2020.
Tal movimento interrompeu a sequência de aumento da esperança de vida ao nascer apurada entre 2011 e 2019, período em que a estimativa de longevidade indicada pela Tábua de Mortalidade saltou 2,3%, de 74,5 para 76,2 anos.
Mesmo com uma redução maior, de 69,2 para 72 anos, os homens permanecem com uma expectativa de vida menor do que a das mulheres, que passou de 76,5 para 79 anos. Com as evoluções, a diferença caiu de 7,3 para 7 anos.
Evolução dos óbitos
O estudo mostra ainda o progresso do número de mortes contabilizadas anualmente em território nacional. Conforme a Tábua de Mortalidade, houve um aumento gradual nos registros do total de óbitos no Brasil ao longo das décadas de 2000 e 2010, passando de menos de 1 milhão de óbitos registrados em 2000 para cerca de 1,349 milhão em 2019.
Em 2020, ano de chegada da pandemia do novo coronavírus, é observado um aumento significativo no número absoluto de óbitos registrados (1,556 milhão). O valor salta 17,7% no ano seguinte e atinge o valor extremo, de 1,832 milhão de mortes entre janeiro e dezembro.