Santa Catarina fechou o terceiro trimestre de 2023 com o desemprego em 3,6%. A taxa, pouco maior que no trimestre anterior (era de 3,5%) ainda é uma das menores do Brasil, e a menor entre os estados da região Sul, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A psicóloga e diretora de Diversidade e Sustentabilidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) de Santa Catarina, Fernanda de Souza Quadros, explica que o índice baixo de desemprego no Estado tem relação com os níveis altos de educação da população catarinense. Além disso, áreas industriais tiveram uma boa recuperação no pós-pandemia, e aumentaram vagas de emprego. Os investimentos no setor de tecnologia também colaboram.
— Hoje o que as empresas procuram é o “match” entre habilidades pessoaIs e comportamentais, e habilidades técnicas — explica. Por isso, cada vez mais os candidatos precisam desenvolver atividades como inteligência emocional, comunicação e resiliência, diz a psicóloga.
Ela também reforça que é importante entender o negócio, se aprimorar e buscar o crescimento dentro da empresa.
Vagas afirmativas, como aquelas exclusivas para mulheres, pessoas negras ou candidatos trans já são realidade em muitas empresas, mas, para a diretora de Diversidade e Sustentabilidade da ABRH, ainda há um caminho longo a ser percorrido.
Dados de desemprego no Brasil
No país, a taxa de desemprego fechou o trimestre de agosto a outubro em 7,6%, uma queda de 0,3% na comparação com os três meses anteriores. Esta é a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%.
O rendimento médio real do brasileiro foi estimado em R$ 2.999, um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre que encerrou em junho, e de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. Uma das explicações, de acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, é a expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, posição na ocupação normalmente com rendimentos maiores.