A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) repassou dados nesta quinta-feira, dia 4, que mostram que houve um aumento de 12% no emplacamento de veículos em 2023., com relação ao ano anterior.
Conforme o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, além dos estímulos fiscais ao setor, a melhora do crédito, com início do ciclo de redução da taxa de juros, nos últimos meses do ano, foi fundamental para que a alta de 12% sobre 2022 pudesse ser atingida.
“A disponibilidade e o custo do crédito têm muita influência na decisão de compra dos consumidores. Com a ligeira melhora na inadimplência, no último trimestre de 2023, percebemos que houve uma maior disponibilização de crédito por parte das instituições financeiras e isso foi captado pelo mercado”, diz.
Em relação aos seguimentos de automóveis de passeio e veículos comerciais leves, a projeção acompanha a tendência de crescimento observado nos dados acumulados de 2023.Já o setor de caminhões foi o único que apresentou retração em 2023: queda de 16,39% em relação a 2022. Conforme a Federação, a queda se deve ao custo da mudança para a tecnologia EURO 6, que é um conjunto de normas regulamentadoras sobre emissão de poluentes para motores diesel.
Conforme as primeiras projeções divulgadas pela Fenabrave, há um crescimento global esperado de 13,54%, considerando todos os segmentos somados, o que significa um total de 4.518.871 unidades emplacadas no mercado interno.
“Estamos prevendo uma possível melhora na oferta do crédito, assim como um ambiente positivo na indústria, que terá mais incentivos para o desenvolvimento de novos produtos, a partir do Programa MOVER, recém- anunciado pelo governo”, analisa o presidente.
Já caminhões devem crescer 10% em 2024, com cerca de 114.571 unidades emplacadas. “Este ano, continuaremos com situações que podem favorecer o segmento, como a total consolidação do Euro 6, a melhora do crédito, e a evolução do agronegócio, que mantém o segmento de pesados com 50% de participação deste mercado”, declara.
Seguindo o mesmo rumo dos caminhões, os implementos rodoviários deverão crescer 10% em 2024, totalizando 99.296 unidades emplacadas.