Desde o ano passado, o Brasil vem enfrentando um aumento nos casos de dengue. Apenas nas quatro primeiras semanas de 2024, 243.720 casos prováveis da doença foram notificados, ultrapassando o total de suspeitas registradas em 2017 (239.389 casos). O número corresponde a um aumento de 273% em relação ao mesmo período de 2023.
Com a explosão de casos, pelo menos cinco unidades da federação já decretaram situação de emergência em saúde pública: Distrito Federal, Acre, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.
Em novembro do ano passado, uma menina de 7 anos morreu por complicações causadas pela dengue hemorrágica. Inicialmente, ela havia sido diagnosticada com bronquite e virose, mas a situação se agravou. A mãe acredita que houve negligência médica.
O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), em dezembro do ano passado. Em janeiro, o governo anunciou a chegada das primeiras doses do imunizante, que deve atender a 3,2 milhões de pessoas este ano.Segundo a pasta, serão aplicadas duas doses da vacina em um intervalo de, no mínimo, três meses. Neste ano, o público-alvo serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra o maior número de hospitalização pela doença, e pessoas idosas, que ainda não tiveram a liberação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
No último dia 30, o Ministério da Saúde informou que pretende começar a distribuir a vacina da dengue a partir da segunda semana de fevereiro. O cronograma do governo prevê o envio às 521 cidades com alto índice da doença.
Cenário da dengue
Todo indivíduo que apresentar febre repentina (a partir de 39°C) e pelo menos dois dos principais sintomas deve procurar imediatamente um serviço de saúde, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com a Organização Pan Americana de Saúde, cerca de 500 milhões de pessoas nas Américas correm o risco de contrair dengue. Já a nível mundial, metade da população tem a chance de se contagiar.