Onze cidades de Santa Catarina estão entre as prioritárias do programa Brasil Saudável, do governo federal. A iniciativa, inédita no mundo, foi lançada no início de fevereiro quer eliminar ou reduzir 14 doenças e infecções que atingem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social.
Ao todo, são 175 cidades brasileiras colocadas neste status. Em Santa Catarina, os municípios de Balneário de Camboriú, Chapecó, Lages, Palhoça, São José do Cedro, Blumenau, Criciúma, Itajaí, São José, Joinville e Florianópolis terão prioridade no programa. Todas foram identificadas e selecionadas pelo Comitê Interministerial para ações de Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS).
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a escolha se dá pelo histórico de altas cargas de duas ou mais doenças ou infecções determinadas socialmente e, por isso, fundamentais para a pauta da eliminação enquanto problema de saúde pública.
A meta do governo federal é que a maioria das doenças sejam eliminadas como problema de saúde pública: malária, doença de Chagas, conjuntivite, elefantíase, esquistossomose (barriga d’água), oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV).
O programa ainda busca o cumprimento das metas da OMS para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão da tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/aids.
Procurada pela reportagem do NSC, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio de nota, diz que por se tratar de um programa em início de implantação, aguarda maiores orientações sobre como as ações serão implementadas.
O Brasil Saudável será coordenado pelo Ministério da Saúde, terá articulações com outras pastas e deve ter parcerias com movimentos sociais e organizações da sociedade civil para colaborar na implementação das ações nos municípios prioritários.