Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na tarde deste domingo (25) em um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação ocorreu em apoio ao ex-presidente, que é investigado pela Polícia Federal por uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder e evitar e eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações sobre o ato deste domingo são do portal g1 e da Agência Estado.
O ex-presidente foi chamado ao palco do evento por volta das 15h deste domingo. Ele subiu em um carro de som ao lado de governadores bolsonaristas como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina. No fim do evento, por volta das 16h30min, Bolsonaro discursou para o público lembrando de ações do governo e criticando discursos e investigações contra ele.
Os manifestantes vestiam amarelo e carregavam bandeiras do Brasil e também algumas de Israel. O país esteve no centro de uma polêmica na semana passada após uma declaração do presidente Lula, que comparou os ataques à região da Faixa de Gaza ao genocídio dos alemães contra os judeus, na Segunda Guerra Mundial. Em resposta à crítica, o governo de Israel declarou Lula como “persona non grata”, e grupos bolsonaristas saíram em defesa de Israel.
O ex-presidente pediu aos apoiadores em vídeos divulgados para a convocação do ato que não levassem faixas com ataques ao STF.
Ao convocar o evento, Bolsonaro disse que o ato seria em defesa “do Estado democrático de direito, liberdade e família”.
Bolsonaro foi alvo de ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) que o fizeram entregar o passaporte à Justiça e proibiram de manter contato com outros investigados no inquérito do golpe de Estado. A restrição inclui o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Valdemar discursou no carro de som no começo do ato deste domingo.
A Operação Tempus Veritatis, deflagrada no início do mês pela PF, teve como alvos também ex-ministros de Bolsonaro e militares que teriam se organizado para tentar dar um golpe antes das eleições. Os advogados do ex-presidente negam as acusações. Nesta semana, Bolsonaro compareceu à sede da PF para prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio.
A defesa alegou que a a decisão foi uma estratégia em razão de a investigação não ter oferecido acesso a todos os materiais do caso.