O médico Eduardo Crepaldi, de 48 anos, foi encontrado morto próximo a um veículo Gol, na manhã deste domingo (10), após sofrer um acidente de trânsito e ficar mais de dois dias desaparecido.
Crepaldi morava em Santa Cecília, no Meio-Oeste de Santa Catarina, e retornava de um plantão médico na cidade de Curitiba, capital do Paraná, quando saiu da pista e caiu em uma ribanceira, na BR-116, km 171, em Quitandinha, região metropolitana de Curitiba.
Segundo informações da concessionária Arteris Planalto Sul, responsável pelo trecho onde o acidente aconteceu, o carro que o médico dirigia saiu da pista e capotou, sentido ao Rio Grande do Sul.
Conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal), Eduardo estava sem sinais de que estaria usando cinto de segurança, sendo este um dos principais, possíveis, fatores das lesões fatais no motorista.
O médico Carlos Langer, colega de trabalho de Crepaldi há 9 anos, contou à reportagem do ND+ que o amigo estava desaparecido desde a madrugada de sexta-feira (8). “Ele teria feito um plantão até a 1h da madrugada de sexta feira. Saiu do plantão, mas não chegou em casa. Então, a esposa dele me mandou mensagem perguntando se sabia algo sobre ele.
Langer disse, ainda, que desde a sexta-feira familiares, amigos e colegas de trabalho estavam tentando comunicação com o médico, mas sem sucesso. “Ela (a esposa) acionou a PRF e Polícia Civil. Fizeram o caminho que ele passou na estrada várias vezes, mas só foi encontrado algo estranho na pista hoje pela manhã. O carro estava em uma ribanceira e o corpo dele um pouco mais para baixo”, acrescentou.
Atualmente, Crepaldi era médico da Autopista Arteris/Planalto Sul, em Santa Cecília, onde atuava há cerca de 7 anos. Até o mês de fevereiro, também trabalhava no pronto atendimento do município, onde prestou atendimento à comunidade por 9 anos.
Em ambos os locais dividia a rotina com Langer. “Estamos todos muito tristes. Ele era nosso irmão. Inclusive hoje (domingo) ele estaria de serviço a noite e eu quem estou fazendo o plantão dele”, comentou.
Para o médico e amigo, Crepaldi era um profissional muito humano. “Se dava bem com a equipe da saúde, com os pacientes. Uma pessoa muito humilde e bondosa. Nunca vi ele brigando por nada”.
O corpo do médico foi recolhido pela equipe da Autopista Arteris/Planalto Sul do Paraná, a mesma empresa na qual Crepaldi prestava atendimento em Santa Catarina. Os colegas se reuniram em frente as ambulâncias e o homenagearam com sirenes ligadas.
