As doses das vacinas contra a dengue distribuídas a 521 municípios brasileiros, entre eles 13 municípios do Norte catarinense, que não forem usadas, devem ser redistribuídas pelo Ministério da Saúde. Nísia Trindade, ministra da Saúde, afirma que municípios que decretaram situação de emergência em razão da doença terão prioridade neste processo.
O Brasil já registrou, desde 1º de janeiro, 1.937.651 casos de dengue. Há ainda 630 mortes confirmadas por dengue e 1.009 em investigação. Santa Catarina já soma 49.920 casos prováveis e 19 mortes confirmadas por dengue.
— Vamos fazer a redistribuição das doses que não foram aplicadas e que estão nos municípios. Vamos fazer um rankeamento dos municípios que estão em situação de emergência por dengue — disse a ministra.
— Isso não vai ser detalhado hoje. Está em processo, tem que ser feito de forma muito cuidadosa. A vacina é um instrumento importantíssimo a médio e longo prazo. Ela não é a solução para essa epidemia. Ainda mais uma vacina que é aplicada em duas doses com intervalo de três meses.
Ministério negocia produção da Qdenga no Brasil
A ministra afirmou ainda que segue negociações com a Takeda, fabricante da Qdenga, para produzir a vacina no Brasil. O plano do governo é utilizar a planta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que já é responsável pela produção de doses contra a febre amarela aplicadas no país.
Segundo Nísia, o ministério também acompanha de perto os avanços da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan.Dengue em SC
O número de casos prováveis de dengue aumentou 387,02% nos primeiros meses de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, em Santa Catarina, chegando a 49.920 casos. Ao todo, 236 cidades catarinenses já registraram casos da doença. Os dados são do último informe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), divulgados na última quarta-feira (13).
