Saúde em Alerta - 17/05/2024 06:56

Dengue e doenças respiratórias lotam leitos de UTI e ocupação segue acima dos 90% em SC

Apesar da abertura de novos leitos, baixa procura por imunizantes tem pressionado o sistema, aponta SES
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A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) segue em situação crítica em Santa Catarina. Na última atualização publicada no Painel de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que ocorreu na noite desta quarta-feira (15), a taxa de ocupação estadual dos leitos de UTI estava em 94,4%, com 75 leitos disponíveis do total de 1.264 leitos.

A porcentagem considera o total de leitos UTI somando adulto, infantil e neonatal. O cenário mais preocupante é registrado no Grande Oeste, onde a ocupação chega a 98,84% com somente um leito pediátrico livre. Na Grande Florianópolis, a ocupação chega a 97,81% com cinco leitos disponíveis, sendo um adulto e quatro neonatais. A Foz do Itajaí também apresenta índices elevados de ocupação, com 96,67%.

As regiões classificadas como Meio Oeste e Serra, e Planalto Norte e Nordeste vêm na sequência, com 95,74% e 95,90% de ocupação, respectivamente. O Vale do Itajaí tem 91,34% de ocupação e o Sul do Estado conta com 88%.

UTIs pediátricas e neonatais também estão cheias

Quando analisada especificamente a situação dos leitos pediátricos, a situação é ainda mais crítica. Três regiões estão com 100% de ocupação e nenhum leito de UTI disponível para crianças, sendo elas a Grande Florianópolis, o Meio-Oeste e Serra, e o Planalto Norte e Nordeste.

O Sul do Estado, neste caso, aparece também com ocupação elevada, com índice de 95,45%. O Vale do Itajaí vem na sequência, com 93,33%, seguido do Grande Oeste, com 90%, e da Foz do Rio Itajaí, com 85,71%.

No caso de leitos de UTI neonatal, que são voltados para bebês entre zero e 28 dias, duas regiões estão com ocupação de 100%, sendo elas o Grande Oeste e a Foz do Rio Itajaí. Na sequência, aparece a Grande Florianópolis, com 92,45% de ocupação e somente quatro leitos dessa categoria disponíveis.

O Planalto Norte e Nordeste tem 88,89% de ocupação de leitos de UTI neonatal, e o Meio Oeste e Serra 81,82%. A situação no Vale do Itajaí e Sul é mais controlada, com 76,36% e 68,18% de ocupação, respectivamente.

Secretaria de Saúde ressalta ações para ampliação de leitos

Questionada sobre a situação, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que a alta ocupação registrada ocorre por conta de doenças infecciosas virais, como a dengue e doenças respiratórias. Ainda, a Secretaria destacou a abertura recente de novos leitos e a baixa procura por imunizantes. Confira a nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, diante do momento sazonal, o aumento nos casos de doenças infecciosas virais identificadas como a dengue e as doenças respiratórias vem refletindo na busca por atendimentos no sistema de saúde do Estado, abrangendo todas as regiões. Cabe ressaltar que tanto a vacina contra a gripe quanto a vacina contra a dengue estão disponíveis para a aplicação nos grupos elegíveis, no entanto, tem-se observado uma baixa procura pelos imunizantes.

O sistema hospitalar público de Santa Catarina funciona em forma de rede. Quando não há vaga em um hospital, busca-se leito, via Regulação, em outros hospitais, primeiro na região e depois fora dela.

O Governo do Estado tem investido de forma permanente na saúde, um trabalho que vem ocorrendo desde o início da gestão. Desde 2023, já foram abertos 173 novos leitos de UTI, entre neonatais (53), pediátricos (50) e adultos (70). Os leitos estão distribuídos nas diversas regiões do Estado. E o Governo segue atuando para abrir mais leitos.

Essa ampliação da rede vem garantindo o atendimento de todos os pacientes. Ainda, caso não haja disponibilidade no leito SUS, será realizada a compra de leito privado. Importante destacar que desde 2023 mais quatro hospitais da rede privada passaram a realizar atendimentos pelo SUS.

Ressalta-se que na manhã desta quinta-feira, 16 de maio, o Painel de Leitos de UTI indica que há, no Estado, 73 leitos de UTI disponíveis, sendo 27 adultos, 43 neonatais e 06 pediátricos. A média geral de ocupação dos leitos gerais é de 94%. Vale ressaltar que esses números estão sujeitos a variações constantes.

Os hospitais da Secretaria de Estado da Saúde são centros de referência para procedimentos de alta complexidade e oferecem acesso porta aberta a todas as especialidades médicas. Consequentemente, é comum que as Unidades de Terapia Intensiva tenham uma taxa de ocupação geralmente superior a 80% nos hospitais de grande porte. As unidades possuem capacidade instalada para operar neste modelo.

Lembrando sempre a importância das vacinas da dengue e gripe, que estão disponíveis para os grupos prioritários, principalmente o público infantil e as metas de vacinação ainda não foram alcançadas. Neste sentido, reforçamos a importância de manter a caderneta de vacinação em dia para previnir os casos graves das doenças.”

Fonte: NSC
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