A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) tem mobilizado sindicatos rurais daquele Estado para socorrer o rebanho bovino gaúcho. O Rio Grande do Sul tem mais de 11,9 milhões de cabeças que começam a sofrer pela falta de alimento, em razão da destruição de pastagens e instalações rurais. Os produtores catarinenses já enviaram ao RS dezenas de carretas com feno e pré-secado para nutrição do rebanho.
Os sindicatos rurais de SC já colocaram R$ 183,4 mil para o pagamento do frete aos transportadores. O coordenador da campanha e presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, diz que a alimentação é doada por produtores catarinenses, com caminhões oferecidos por empresários parceiros e custos de transporte sendo cobertos pelos sindicatos rurais catarinenses. O movimento tem apoio dos supervisores e técnicos de campo do programa de assistência técnica e gerencial e de 92 sindicatos.
A iniciativa já enviou duas carretas com fardos de pré-secado para Lajeado. A distribuição das doações segue orientação da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul).
“Temos que ter consciência de que as ações para levar alimento ao rebanho bovino do Rio Grande do Sul não podem ser episódicas, mas devem se manter por certo período porque a situação não vai se resolver rapidamente. Temos que pensar em ações viáveis e, principalmente, sustentáveis com o engajamento de todos”, diz José Zefrino Pedrozo .
Do oeste catarinense já foram enviadas 40 cargas com feno, pré-secado, medicamentos, sementes de aveia e azevém. Foram mais de 1,5 mil bolas de pré-secado e 2 mil bolas e fardos de feno. A maior parte do transporte foi gratuito. Na semana passada, a Faesc enviou uma carreta de leite longa vida e ainda enviará outra de maçã. A praticidade foi o motivo, porque são dois alimentos para consumo imediato que não exigem preparo prévio.