Nesta segunda-feira (03), a Diretoria de Vigilância
Epidemiológica (DIVE), em conjunto com a Coordenadoria Regional de Saúde de São
Miguel do Oeste, realizou a aplicação de ultrabaixo volume (UBV), popularmente
conhecido como fumacê, em vários pontos da cidade.
Segundo a bióloga Marciele Bogo, da gerência regional de saúde,
a ação é uma ampliação das medidas já adotadas pelo município e é aplicada
quando outras ações, como conscientização e combate aos focos, não surtiram
mais efeito. O equipamento utilizado pela coordenadoria é capaz de atingir
locais de difícil acesso e matar os mosquitos que estão voando.
Marciele explica que o inseticida utilizado é de baixa
toxicidade para humanos e animais, mas pode afetar outros insetos. Ela destaca
que a formulação do fumacê é alterada frequentemente para evitar que os
mosquitos desenvolvam resistência.
A bióloga lamenta que a dengue seja uma doença cada vez mais
presente na região. Dos 30 municípios da coordenadoria regional de saúde, 29
estão em situação de epidemia de dengue. Embora os números de transmissão
estejam diminuindo, São Miguel do Oeste continua com casos alarmantes e não
apresenta redução.
Marciele ressalta que, no final da epidemia, os óbitos são
mais visíveis. O número de mortes aumentou de 3 para 6, mortes que poderiam ser
evitadas. "Todos sabemos o que é, como é e como evitar a dengue, mas ainda
não conseguimos evitar esses óbitos", conclui.