O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, ficou estável em maio, interrompendo a sequência de dois meses seguidos de resultado positivo do indicador. Nos cinco primeiros meses do ano, o setor acumulou ganho de 2%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o resultado, o setor se encontra 12,7% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 0,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), alcançado em dezembro de 2022.
A variação nula do setor em maio contou com a retração de três das cinco atividades pesquisadas, com destaque para os transportes (-1,6%). Os demais recuos vieram de informação e comunicação (-1,1%) e de outros serviços (-1,6%).
Maio de 2024 x maio de 2023
Entre os setores, o de informação e comunicação (4,2%) exerceu o principal impacto positivo. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (3,4%); dos serviços prestados às famílias (6,5%) e dos outros serviços (3,3%).
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, frente a igual período de 2023, o setor apresentou expansão de 2%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 57,2% dos 166 tipos de serviços investigados.
Em comparação com abril, a retração do volume de serviços no Brasil foi acompanhada por 19 das 27 unidades da federação. Os maiores recuos ficaram com Minas Gerais (-2,9%), seguido por Santa Catarina (-3,6%), Bahia (-4,1%), Maranhão (-8,7%) e Distrito Federal (-2,1%).
Em contrapartida, Mato Grosso (6,2%) exerceu a principal contribuição positiva do mês, seguido por Tocantins (27,7%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Paraná (0,4%). Por sua vez, São Paulo (0,0%) acompanhou o índice nacional e apresentou estabilidade.
Em maio, o índice de atividades turísticas teve queda de 0,2% em comparação com abril, após ter registrado dois resultados positivos seguidos, período em que acumulou um ganho de 2,4%.
Com isso, o segmento de turismo se encontra 4,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Regionalmente, 6 dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional. A influência negativa mais relevante ficou com o Rio Grande do Sul (-32,3%), explicada, em grande medida, pelos desastres provocados pelas enchentes, que danificaram os estabelecimentos de prestação de serviços, destruíram a infraestrutura das cidades e reduziram, em larga escala, a mobilidade da população.