De acordo com o IBGE, a pesquisa mostra que 7,5 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população desocupada diminuiu no trimestre (-12,5%, menos 1,1 milhão de pessoas) e no ano (-12,8%, menos 1,1 milhão de pessoas).
De acordo com o estudo, a população ocupada — o total de trabalhadores do País — atingiu 101,8 milhões no trimestre encerrado em junho, novo recorde da série histórica. O aumento se deu nas comparações trimestral (1,6%, mais 1,6 milhão de pessoas) e anual (3%, mais 2,9 milhões de pessoas).
A taxa composta de subutilização (16,4%) recuou em ambas as comparações: -1,5 p.p. no trimestre e -1,4 p.p. no ano. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (16,1%). A população subutilizada (19,0 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015 (18,6 milhões), recuando nas duas comparações: -8,2% (menos 1,7 milhão) no trimestre e -6,6% (menos 1,3 milhão) no ano.
Desalento
A população desalentada (3,3 milhões) chegou ao seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), recuando 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%), recuando 0,3 p.p. no mês e 0,4 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 1,0% (mais 397 mil pessoas) no trimestre e de 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,797 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 3,1% (mais 410 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 688 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões). O número de empregadores (4,3 milhões) cresceu 4,0% no trimestre (mais 165 mil pessoas) e ficou estável no ano. Já o número de empregados no setor público (12,7 milhões) cresceu 5,3% (641 mil pessoas) no trimestre e 3,5% (429 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9 % no trimestre encerrado em março e 39,2 % no mesmo trimestre de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.214) cresceu em ambas as comparações: 1,8% no trimestre e 5,8% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 322,6 bilhões) atingiu novo recorde, crescendo nas duas comparações: 3,5% (mais R$ 10,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,2% (mais R$ 27,3 bilhões) no ano.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de abril a junho de 2024, foi estimada em 109,4 milhões de pessoas. Esta população cresceu nas duas comparações: 0,5% (mais 546 mil pessoas) ante o trimestre encerrado em março de 2024 e 1,7% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior.
A análise da ocupação por grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de janeiro a março de 2024, mostrou aumento nos grupamentos: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,5%, ou mais 283 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (1,9%, ou mais 247 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,8%, ou mais 852 mil pessoas) e Outros serviços (2,6%, ou mais 142 mil pessoas). Nos demais grupamentos, não houve variações significativas.