Em greve desde o dia 17 de julho, com muitas agências de portas fechadas, os
servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão confiantes que
um diálogo com o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, poderá ser o
primeiro passo para encerrar o movimento.
Camila Pereira, Técnica do Seguro Social da agência de São Miguel do Oeste,
informou que há uma promessa de reunião com Stefanutto na próxima sexta-feira
(09). Ele se dispôs a dialogar e intermediar negociações com o Ministério da
Gestão e Inovação.
"Esperamos que não seja apenas uma promessa, mas que realmente iniciem
as negociações para pôr fim à greve", comentou Camila.
A greve dos servidores do INSS tem afetado serviços essenciais, como a
análise e concessão de benefícios, atendimentos presenciais e a análise de
recursos e revisões. A paralisação também pode comprometer a operação
pente-fino nos auxílios temporários, que visa economizar R$ 26 bilhões em
despesas obrigatórias, conforme anunciado pelo ministro Carlos Lupi.
Os sindicalistas avaliam que, apesar do aumento proposto nos níveis e
classes para progressão funcional, passando de 17 para 20 níveis, o reajuste
ainda não compensou as perdas salariais acumuladas pela categoria desde 2017,
que somam cerca de 53%. Além disso, a redução do salário inicial na carreira e
o sucateamento das unidades foram pontos criticados pela federação.