O ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças) intensificou nesta sexta-feira (16) o nível de alerta após registrar um caso de Mpox na Suécia causado por uma variante considerada ainda mais perigosa.
Mesmo com o risco, o ECDC afirma que a probabilidade de uma transmissão sustentada pela nova variante é considerada baixa.
“Como resultado da rápida disseminação deste surto na África, o ECDC aumentou o nível de risco para a população em geral na UE/EEE [União Europeia/Espaço Econômico Europeu] e para os viajantes às áreas afetadas. Devido aos laços estreitos entre a Europa e a África, devemos estar preparados para mais casos importados do clado 1″, explicou a diretora do ECDC, Pamela Rendi-Wagner.
Nova variante foi detectada em paciente que viajou à África
A mutação do clado 1 – chamada de 1b – desde 2023 é associada ao aumento de casos de infecção na República Democrática do Congo, além dos registros em outros quatro países vizinhos sem casos: Uganda, Ruanda, Quênia, Burundi.
Com o aumento na disseminação da Mpox no continente africano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou emergência em saúde pública internacional na quarta-feira (14).
Casos da doença no Brasil e em SC
Segundo dados da Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), neste ano, até o momento, Santa Catarina teve 10 casos confirmados de Mpox, sendo cinco deles na Capital Florianópolis.
O que é a Mpox?
A Mpox, conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral zoonótica, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos. A doença é causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus.
A doença foi identificada pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma condição semelhante à varíola afetaram colônias de macacos mantidos para pesquisa, o que deu origem ao nome ‘varíola dos macacos’.