alerta laranja - 09/09/2024 21:05

Seis cidades de SC registraram umidade do ar igual à do deserto do Saara; veja lista

Seca mais intensa da história do país se soma a onda de calor e transporte de fumaças das queimadas, que afetam SC
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Boa parte de Santa Catarina convive com uma das consequências de um período de seca extrema no país, somado às fumaças das queimadas e uma onda de calor em pleno inverno. Mas seis cidades, em especial, estão com a umidade do ar em níveis próximos e até abaixo dos registrados no deserto do Saara, na África, que ficam em torno dos 20%.

As cidades catarinenses que registraram índices de umidade relativa do ar bastante abaixo da média neste domingo (8), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ficam no Oeste, Serra e Norte catarinense, algumas das regiões mais atingidas pela massa de ar seco.

Confira as cidades de SC com baixa umidade do ar

Rio Negrinho: 12%
Caçador: 14%
Joaçaba: 16%
Curitibanos: 16%
Major Vieira: 17%
Lages: 19%

No deserto do Saara, no Norte da África, a umidade relativa do ar costuma variar entre 14% e 20%. De acordo com os dados do Inmet, quase 200 cidades brasileiras tiveram índices iguais ou abaixo desses números no domingo, o que está bem abaixo do recomendado para a saúde, que é de 60%.

Cidades do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais tiveram os piores índices. Nove cidades brasileiras registraram índices abaixo de 10%, se aproximando do patamar do deserto do Atacama, no Chile, considerado o deserto mais seco do mundo.

O que está acontecendo?

O Brasil vive uma seca histórica, a maior e mais intensa da história recente. Com exceção do Rio Grande do Sul, todos os estados estão passando pelo pior período de seca que se tem conhecimento.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que além do Distrito Federal, outros dez estados brasileiros não têm chuva há mais de cem dias.

Setembro também começou com uma onda de calor, o que intensifica a baixa umidade do ar, já que dissipa a umidade. Ainda, a presença de bloqueios atmosféricos faz com que frentes frias não possam avançar, e assim “segura” a chuva.

Quanto menos chove, menor é a umidade.

— Quanto maior a temperatura, menor a umidade do ar. A gente está enfrentando um período extremamente seco com calor, isso faz com que a situação no país fique ainda mais grave — explica Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.

A situação deve continuar da mesma forma nos próximos dias, apontam os meteorologistas, por conta da previsão de altas temperaturas. A onda de calor fez com o Inmet emitisse um aviso de perigo para São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rondônia, parte do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul.

Já a baixa umidade do ar gerou um alerta vermelho de grande perigo na área central do país, em especial no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de partes de Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, Piauí e São Paulo.

Um alerta laranja, de perigo, se estende para mais áreas e um alerta amarelo, de perigo potencial, ambos por conta da baixa umidade do ar, chega a boa parte do país, incluindo Santa Catarina.

Consequências da baixa umidade do ar para a saúde

De acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, a baixa umidade do ar terá os piores índices durante o período da tarde ao longo desta semana. Os níveis esperados são abaixo de 30%, com valores abaixo de 20% no Oeste.

Há risco elevado para a saúde da população, motivo pelo qual foi emitido um alerta de risco alto no Oeste, onde o calor excessivo e a baixa umidade podem causar desidratação, insolação e agravamento de doenças cardiorrespiratórias, além de outros transtornos associados às condições climáticas severas.

Imagens de satélite também mostram a presença de fumaça vindas das queimadas do Norte do país sobre todo o Estado catarinense, aponta a Epagri/Ciram. O transporte da fumaça ocorre por conta da circulação de ventos de direção norte, e pela presença de uma massa de ar quente e seco em boa parte do país.

A Epagri/Ciram aponta que essa condição perdura até a chegada de chuvas mais intensas ou mudança no padrão de ventos, o que pode ocorrer na sexta-feira (13), quando está prevista uma nova frente fria.

Fonte: NSC
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