Santa Catarina é destaque no país no mês da conscientização sobre a doação de órgãos. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado possui a segunda maior taxa de doação, com 40,7 doações por milhão de população (pmp). De janeiro a agosto de 2024, foram registrados 215 doadores efetivos, que são pacientes com diagnóstico de morte encefálica e autorização familiar.
A SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 504 notificações de potenciais doadores no primeiro semestre deste ano. O Estado também possui uma das menores médias de não autorização, com 35%, enquanto a média nacional é de 45%. Essa taxa é calculada quando os familiares negam a doação dos órgãos após falecimento do possível doador.
— SC Transplantes é uma Política de Estado que vem, há mais de 20 anos, sendo um setor importante para Santa Catarina manter as melhores taxas de doação de órgãos e tecidos do país. E o suporte que o Governo do Estado disponibiliza proporciona uma estrutura de atendimentos e transportes terrestre e aéreo para atender a população do território catarinense e de outros estados, de forma segura e célere — destaca o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Setembro Verde conscientiza sobre doação de órgãos
Todas as pessoas estão aptas a serem possíveis doadoras, basta comunicar a família sobre o desejo, pois a ação só acontece com autorização de familiares. Após o consentimento, são iniciados o planejamento da logística, procedimentos para remoção dos órgãos, seleção dos receptores mais compatíveis e, na sequência, distribuição dos órgãos para serem transplantados.
O caminho dos órgãos
A logística é importante pois, dependendo do doador e do órgão, o processo precisa de mais atenção. Em média, o processo dura cerca de oito a 12 horas, com exceção do pulmão e coração que precisam ser transplantados em até quatro horas.