ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2024 - 28/10/2024 07:26

Com 13 prefeitos, direita amplia domínio nas capitais brasileiras em 2024

Com apenas 2 prefeitos eleitos, esquerda vê representatividade encolher nas 26 capitais do país em relação a 2020
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Arte / WH3

Com seis prefeitos a mais do que em 2020, os partidos de direita viram seu domínio ampliar nas capitais brasileiras em 2024. Os partidos de centro perderam uma capital. Mas o maior revés foi da esquerda: das seis prefeituras em capitais conquistadas nas eleições passadas, os partidos obtiveram apenas duas cadeiras no pleito deste ano.

Um levantamento feito pelo ND Mais mostra as mudanças de fluxo nas capitais brasileiras. Para classificar as correntes ideológicas de cada partido, consideramos:

Direita: PL, União Brasil, Republicanos, Podemos e PP;
Esquerda: PSOL, PDT, PSB e Cidadania;
Centro: PSD, MDB e Avante.

Direita x esquerda x centro: quem levou a melhor nas capitais brasileiras

Com 13 prefeitos, os partidos de direita conquistaram metade das capitais brasileiras, em relação às seis cadeiras em 2020. Em seguida vem o centro, que saiu de doze para onze prefeituras. A esquerda, que tinha seis, perdeu quatro, ficando com apenas duas neste ano.

Direita:
Aracaju (SE) – Emília Correa (PL);
Campo Grande (MS) – Adriane Lopes (PP);
Cuiabá (MT) – Abilio Brunini (PL);
Goiânia (GO) – Sandro Mabel (União);
João Pessoa (PB) – Cícero Lucena (PP);
Maceió (AL) – João Henrique Caldas (PL);
Natal (RN) – Paulinho Freire (União);
Palmas (TO) – Eduardo Siqueira Campos (Podemos);
Porto Velho (RO) – Léo Moraes (Podemos);
Rio Branco (AC) – Tião Bocalom (PL);
Salvador (BA) – Bruno Reis (União);
Teresina (PI) – Silvio Mendes (União);
Vitória (ES) – Lorenzo Pazolini (Republicanos);
Total: 13 prefeitos (50%).

Centro:
Belém (PA) – Igor Normando (MDB);
Belo Horizonte (MG) – Fuad Noman (PSD);
Boa Vista (RR) – Arthur Henrique (MDB);
Curitiba (PR) – Eduardo Pimentel (PSD);
Florianópolis (SC) – Topázio Neto (PSD);
Macapá (AP) – Antônio Furlan (MDB);
Manaus (AM) – David Almeida (Avante);
Porto Alegre (RS) –  Sebastião Melo (MDB);
Rio de Janeiro (RJ) – Eduardo Paes (PSD);
São Luís (MA) – Eduardo Braide (PSD);
São Paulo (SP) – Ricardo Nunes (MDB);
Total: 11 prefeitos (42,3%).

Esquerda:
Fortaleza (CE) – Evandro Leitão (PT);
Recife (PE) – João Campos (PSB);
Total: 2 prefeitos (7,7%).

Mudanças de corrente

Esquerda perde quatro capitais, mas mantém duas

Nenhuma das capitais brasileiras onde a direita ou o centro ganhou em 2020 teve um vencedor da esquerda em 2024. Por outro lado, em quatro capitais a esquerda perdeu a prefeitura, sendo duas para o centro e duas para a direita.

Os casos curiosos são de Antônio Furlan, em Macapá, e João Henrique Caldas, em Maceió. Enquanto o prefeito macapaense saiu da esquerda (Cidadania) para o centro (MDB), o maceioense saiu da esquerda (PSB) para a direita (PL).

Aracaju (SE): de Edvaldo (PDT) para Emília Correa (PL);

Belém (PA): de Edmilson Rodrigues (PSOL) para Igor Normando (MDB);

Macapá (AP): Antônio Furlan do Cidadania para o MDB;

Maceió (AL): João Henrique Caldas do PSB para o PL.

As duas capitais brasileiras onde a esquerda ganhou em 2024 já eram comandadas pelos partidos do espectro em 2020:

Fortaleza (CE): José Sarto (PDT) para Evandro Leitão (PT);

Recife (PE): João Campos (PSB) reeleito.

Direita perde quatro capitais, mas ganhas outras nove

Quatro capitais brasileiras foram perdidas pela direita. O DEM, que tinha dois prefeitos em 2020, tornou-se União Brasil em 2022. Nesse processo de mudança, os dois prefeitos do partido “pularam do barco” e filiaram-se ao PSD no mesmo ano, indo para o centro.

Curitiba (PR): de Rafael Greca (DEM) para Eduardo Pimentel (PSD);

Florianópolis (SC): Gean Loureiro (DEM) para Topázio Neto (PSD);

Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes do DEM para o PSD;

São Luís (MA): Eduardo Braide do Podemos para o MDB.

Outras quatro capitais foram mantidas pela direita, todas por reeleição:

João Pessoa (PB), com Cícero Lucena (PP);

Rio Branco (AC), com Tião Bocalom (PP);

Salvador (BA), com Bruno Reis (União);

Vitória (ES), com Lorenzo Pazolini (PP).

Por outro lado, nove capitais brasileiras tiveram a direita tomando o lugar onde não havia ganho em 2020:

Aracaju (SE): de Edvaldo (PDT) para Emília Correa (PL);

Campo Grande (MS): de Marquinhos Trad (PSD) para Adriane Lopes (PP);

Cuiabá (MT): de Emanuel Pinheiro (MDB) para Abilio Brunini (PL);

Goiânia (GO): de Maguito Vilela (MDB) para Sandro Mabel (União);

Maceió (AL): João Henrique Caldas do PSB para o PL;

Natal (RN): de Álvaro Dias (PSDB) para Paulinho Freire (União);

Palmas (TO): de Cinthia Ribeiro (PSDB) para Eduardo Siqueira Campos (Podemos);

Porto Velho (RO): de Hildon Chaves (PSDB) para Léo Moraes (Podemos);

Teresina (PI): de Dr. Pessoa (MDB) para Silvio Mendes (União).

Centro mantém cinco capitais e conquista outras quatro

As cinco capitais brasileiras onde os partidos de centro mantiveram suas cadeiras foram:

Belo Horizonte (MG): de Alexandre Kalil (PSD) para Fuad Noman (PSD);

Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB) reeleito;

Manaus (AM): David Almeida (Avante) reeleito;

Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB) reeleito;

São Paulo (SP): de Bruno Covas (PSDB) para Ricardo Nunes (MDB).

Outras seis capitais brasileiras que não viram o centro vencer em 2020, mas viram em 2024, foram:

Belém (PA): de Edmilson Rodrigues (PSOL) para Igor Normando (MDB);

Curitiba (PR): de Ricardo Greca (DEM) para Eduardo Pimentel (PSD);

Florianópolis (SC): de Gean Loureiro (DEM) para Topázio Neto (PSD);

Macapá (AP): Antônio Furlan do Cidadania para o MDB;

Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes do DEM para o PSD;

São Luís (MA): Eduardo Braide do Podemos para o MDB.

Fonte: ND+
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