O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, garantiu aos deputados da Bancada do Oeste da Assembleia Legislativa, em reunião nesta terça-feira (05), que até o dia 30 de novembro estará resolvido o problema com os consumidores que possuem geração própria de energia e que não estão recebendo os créditos pela produção excedente.
Pequenos e médios empresários, cooperativas, produtores rurais e usuários que possuem geração própria de energia não estão tendo o excedente de produção creditado pela Celesc desde o mês de maio, quando a companhia implementou o novo sistema comercial. Na prática, não está havendo abatimento das faturas pela energia extra enviada para a rede elétrica.
O objetivo da Celesc, com o novo sistema, é disponibilizar pelo celular mais de 80 serviços que até então eram oferecidos apenas de forma presencial. “O nosso propósito com esse novo sistema é o consumidor ter acesso à Celesc pelo celular e fazer tudo por ali sem precisar ir numa loja, só que uma mudança de sistema eu costumo dizer que é igual quando vai asfaltar uma rua, gera um transtorno para ficar melhor depois. Mas posso garantir que vamos honrar o compromisso de resolver a situação até o final deste mês”, explicou o presidente da Celesc.
A coordenadora da Bancada do Oeste, deputada Luciane Carminatti (PT), confirmou a criação de uma comissão para acompanhar a resolução do problema. “Essa comissão será formada por deputados, representantes da Celesc e de empreendedores que geram energia elétrica para acompanhar essa tratativa”, disse.
Rede trifásica
Outro assunto cobrado pelos deputados da Bancada é sobre a ampliação da rede trifásica no estado, em especial na área rural. O diretor de Distribuição da Celesc, Claudio Varella do Nascimento, falou aos parlamentares sobre os trabalhos desenvolvidos até agora pela companhia na expansão da rede trifásica. Segundo disse, a Celesc espera concluir ainda este ano os 500 quilômetros de expansão anunciados em abril do ano passado, que atendem 91 municípios de todo o estado, num investimento de R$ 76 milhões. Até o momento, conforme Varella, foram concluídos 422 quilômetros. Outros 76 estão em execução e devem ser finalizados até o fim do ano.
A rede trifásica é considerada fundamental principalmente para indústrias que possuem equipamentos elétricos de grande porte. Enquanto na rede monofásica, a corrente elétrica flui em um único circuito, na trifásica corre em três circuitos separados, sendo mais usada em aplicações comerciais e industriais devido à capacidade de fornecer energia mais eficiente e confiável para motores elétricos de alta potência.
“A nossa conversa com os deputados sobre a expansão da rede trifásica foi no sentido de dizer que aquelas áreas que sentirem necessidade, dirijam-se às nossas regionais, seja em Chapecó, seja em Blumenau ou qualquer lugar no interior para fazer essa solicitação. Nós vamos criar um novo programa de mais 500 quilômetros priorizando por necessidade e vamos construir nosso compromisso de ampliar e colocar energia à disposição dos catarinenses”, salientou o presidente da Celesc.
Internet rural
Por último, os deputados cobraram do secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Mendes, o envio para a Alesc do projeto de lei para expansão da internet rural em Santa Catarina.
“O Estado se comprometeu, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, que fosse enviado aqui para a Assembleia Legislativa o projeto de lei sobre o assunto. Passou quase um ano e nós não tivemos esse retorno. Marcamos para a próxima segunda-feira, dia 11, uma conversa com o governo do Estado junto com dois deputados da Bancada do Oeste para tratar do envio desse projeto de lei que a gente possa aprovar ainda este ano”, afirmou Luciane Carminatti.
Conforme adiantou a deputada, a ideia é que esse projeto seja aprovado durante o programa Alesc Itinerante, em Chapecó, que será realizado entre os dias 26 e 27 de novembro.