A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó, enfrenta uma grave crise de falta de professores, ameaçando a continuidade dos cursos de Medicina e Administração. Em ofícios oficiais, docentes de ambas as áreas solicitaram ao Conselho do Campus a suspensão temporária das atividades e da oferta de novas turmas, caso as vagas docentes não sejam preenchidas.
Medicina à beira de uma paralisação total
O curso de Medicina pode ser paralisado no primeiro semestre de 2025 devido à insuficiência de professores para atender a demanda acadêmica. Em documento encaminhado ao Conselho, professores relataram a carência de 24 vagas de docentes, um problema agravado pela ausência de concursos públicos que garantam reposições efetivas. “Sem essas contratações, todas as atividades didáticas-pedagógicas ficarão suspensas,” adverte o ofício.
Administração também enfrenta dificuldadesA coordenação do curso de Administração revelou em outro ofício que apenas 16 professores atualmente atendem ao curso, número insuficiente para cobrir todas as disciplinas e demandas institucionais. Professores destacaram a urgência de mais contratações para evitar a sobrecarga docente e manter o ritmo das atividades acadêmicas. O ofício assinado pela coordenadora Kelly Benetti Tosta expressa a necessidade de vagas para professores em áreas estratégicas, como marketing e administração geral, essenciais para evitar o aumento na evasão e garantir qualidade no ensino.
Críticas e reações na comunidade
A situação despertou indignação entre membros da comunidade. O vereador Fernando Cordeiro criticou nas redes sociais a gestão da UFFS e do governo federal, alegando descaso e má administração. “É um absurdo que a universidade encontre recursos para outros fins, mas não para garantir a continuidade de cursos tão importantes,” declarou o vereador.Próximos passos e expectativa de resolução
O Conselho de Campus agendou uma sessão extraordinária para o dia 11 de novembro, onde será votada a solicitação de suspensão das turmas e atividades. A comunidade acadêmica acompanha com apreensão, esperando que o Conselho e a administração da UFFS priorizem uma solução para evitar o fechamento dos cursos de Medicina e Administração, vitais para Chapecó e região.