Em mais uma decisão da Justiça desfavorável aos dirigentes, Vitorio Piffero e Pedro Affatato foram condenados a 12 e 76 anos de prisão, respectivamente, pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira e se refere a crimes cometidos pelos dois ex-dirigentes do Inter entre 2015 e 2016.
Piffero foi condenado por estelionato e lavagem de dinheiro. Affatato, além desses dois crimes, também foi condenado por organização criminosa. Além deles, três empresários ligados a uma empresa de turismo e a esposa do ex-presidente também foram condenados. Além das penas de restrição de liberdade, Piffero terá de pagar uma indenização de 135 salários mínimos, e Affatato, de 675 salários mínimos. Todos os condenados poderão recorrer da decisão.
Ambos os dirigentes foram denunciados pelo Ministério Público em 2021, no âmbito da Operação Rebote, que teve início em 2018. De acordo com a denúncia, os dirigentes se beneficiaram de desvios de recursos e da obtenção de vantagens pessoais, como viagens e um veículo (uma Toyota SW4), a partir da relação do clube com empresas de turismo.
Esta é a terceira condenação divulgada pela Justiça envolvendo os dois ex-presidentes. Na primeira, relacionada ao núcleo de obras da Operação Rebote, divulgada em março deste ano, Piffero foi condenado a 10 anos de prisão, e Affatato a 20 anos. Na segunda, divulgada em outubro, um terceiro ex-dirigente daquela gestão, o advogado Marcelo de Freitas e Castro, foi condenado a 16 anos de prisão.
Segundo o portal do Correio do Povo a defesa de Vitorio Piffero e Pedro Affatato. O advogado Nei Breitman, que representa Piffero, afirmou que a “sentença tem mais 300 páginas” e que ele comentaria a decisão após examiná-la. “Já adianto que a condenação do Vitorio tem tudo a ver com o fato de exercer à época a Presidência do clube. Reafirmamos a inocência dele em relação ao fato pelo qual restou condenado. Iremos recorrer e acreditamos na reversão da sentença”, disse. A reportagem ainda não obteve resposta da defesa de Affatato e atualizará a matéria assim que houver um posicionamento.