Saúde em Alerta - 24/11/2024 07:37

Com mais da metade de SC infestada, fiscalização cobra medidas para combate à dengue

Estado se aproxima de período com maior proliferação do mosquito
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Arte / WH3

Com 59% das cidades de Santa Catarina consideradas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) cobra medidas de municípios para combater a doença. 

Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de SC, das 295 cidades, 175 são consideradas infestadas pelo inseto. O último informe do órgão aponta pouco mais de 59 mil focos da doença e mais de 350 mil casos, até segunda-feira (18). Além disso, foram confirmados 340 mortes pela doença, sendo Joinville a cidade com mais óbitos, 82, seguida de Blumenau e Itajaí, ambas com 38.

O Ministério Público aponta que, em um relatório produzido em março pelo Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública, 258 municípios do Estado não possuíam a quantidade ideal de profissionais agentes de combate às endemias para realizar as atividades contra a doença, e que 101 cidades não tinham conseguido fazer todas as ações previstas para o combate.

Diante disso, foi encaminhado pelas Promotorias de Justiça uma série de ofícios solicitando informações e reuniões com os profissionais da área da saúde e vigilância epidemiológica dos municípios.

Após as ações do MP, conforme o último levantamento de setembro, haviam ainda 157 procedimentos em andamento nas Promotorias de Justiça das comarcas de todo o Estado para acompanhar a regularidade e efetividade das políticas públicas no controle da proliferação do Aedes Aegypti.

Em entrevista ao NSC Total, o diretor da Dive, João Augusto Fuck, reforçou que um dos principais desafios das cidades, em colaboração com o órgão, é a falta de profissionais para realizar as atividades.

— Sabemos que tem municípios que tem mais dificuldades que outros, a gente vê de forma geral que as prefeituras têm seguido as recomendações. Mas há dificuldade de não ter uma equipe de agentes de combate às endemias suficiente para realizar as atividades previstas nas diretrizes estaduais repassadas aos municípios. Além disso, ainda falta entendimento por parte da população de que a dengue é um problema e não está distante — afirma João Augusto Fuck.

No documento que prevê ações para combate à dengue no Estado, o diretor explica que há atividades como a prevenção efetiva em locais suspeitos.

— Quando se têm casos suspeitos, há ações a serem realizadas, como visita de imóveis em locais que possam ter a concentração de mosquitos. São várias atividades feitas para realizar em ações ao longo do ano, tanto para diminuir o risco quanto para quando se identificar casos suspeitos — explica.

Casos devem aumentar ainda mais

O MP reforça que, com a chegada do verão e a grande incidência de chuvas no período, o acúmulo de água faz com que a proliferação do mosquito Aedes Aegypti se intensifique e os casos de dengue devem aumentar.

Como esses insetos se reproduzem em água parada, a recomendação é eliminar qualquer recipiente que possa acumular água. Além disso, colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas, limpar frequentemente calhas, fechar bem a caixa d’água e manter piscinas tratadas com cloro e fontes de água em movimento. A utilização de repelente, especialmente em áreas com alta incidência do mosquito, e a instalação de telas em portas e janelas também são medidas que auxiliam no combate.

Fonte: NSC
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...