O preço da carne subiu 20,8% no país em 2024, a maior alta registrada desde 2019. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (10). O aumento ocorreu após as proteínas terem registrado queda de 9% nos preços no ano anterior, em 2023.
Com o aumento, as carnes tiveram o maior peso na inflação de alimentos em 2024, que aumentou 7,69% ao longo do ano passado. As informações são do portal g1.
Os cortes que registraram os maiores aumentos foram acém (+25,2%), patinho (+24%) e contrafilé (+20%). Apesar da alta acumulada, o preço da carne só começou a subir depois de setembro do ano passado. Entre janeiro e agosto, o valor vinha registrando queda mês a mês.
Alguns fatores ajudam a explicar a alta da carne na reta final do ano passado e a variação acumulada no preço do produto. Um deles é o ciclo pecuário, uma vez que a oferta de bois no campo começou a diminuir. A seca e o aumento das queimadas também prejudicaram a formação dos pastos, alimentação do gado.
Um terceiro fator que ajuda a explicar o aumento de preços são as exportações. O país é o maior exportador do produto no mundo e passou a registrar recordes nas vendas para o mercado externo. Com isso, o estoque para atender o mercado nacional fica menor, o que faz os preços subirem.
Por fim, a queda do desemprego e a valorização do salário mínimo estimularam as compras de carnes, o que também eleva os preços. Para 2025, a expectativa é de que os preços permaneçam em patamares elevados.