Saúde - 13/01/2025 16:22

Casos de coqueluche disparam 12.800% em Santa Catarina em 2024, maior índice da década

Entre os 258 casos registrados de coqueluche em 2024 no estado, 82 foram em bebês com menos de 1 ano; Ministério da Saúde alerta para necessidade de vacinação
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Arte / WH3

Santa Catarina teve aumento de 12.800% no número de casos de coqueluche em um ano. Conforme dados do Ministério da Saúde, foram 258 casos registrados em 2024, número elevado quando comparado ao ano anterior, que teve apenas dois casos registrados.

SC foi o sexto estado com o maior número de casos em 2024

Foi o maior ano de casos de coqueluche registrado no estado, superando 2014, com 244. Em comparação a outros estados, Santa Catarina ficou na sexta posição, atrás do Rio Grande do Sul (320), Rio de Janeiro (508), Minas Gerais (643), São Paulo (1.329) e Paraná (2.423).

Após 2014, Santa Catarina não havia registrado mais de 200 casos de coqueluche ao ano. Entre 2020 até 2023, foram menos de dez anuais. Confira:

Casos de coqueluche em Santa Catarina:

2014: 244 casos
2015: 117 casos
2016: 46 casos
2017: 120 casos
2018: 71 casos
2019: 31 casos
2020: 8 casos
2021: 4 casos
2022: 6 casos
2023: 2 casos
2024: 258 casos

O que é a coqueluche?

Segundo o Ministério da Saúde, a coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. A doença atinge também traqueia e brônquios, sendo que a principal característica são crises de tosse seca.

A transmissão acontece pelo contato com a pessoa doente, por gotículas eliminadas por tosse, espirro ou também ao falar. Também pode acontecer por objetos contaminados com secreções de pessoas doentes.

Os sintomas começam a aparecer entre cinco a dez dias em média após a infecção, podendo variar de quatro a 21 dias e, raramente, até 42 dias. Os sintomas são parecidos com um resfriado, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Em alguns casos, a tosse seca pode causar vômitos.

O melhor meio de se prevenir contra a coqueluche é se vacinando. No SUS, em atenção ao Calendário Nacional de Vacinação, ela é oferecida para crianças a partir de 2 meses de vida até menores de 7 anos, com esquema primário recomendado composto por três doses da vacina penta.

Dois bebês morreram por coqueluche em agosto

Em agosto de 2024, SC registrou as primeiras mortes da doença. O primeiro caso aconteceu em Itajaí, no dia 20, e o segundo em Joinville, no dia 27. Os dois bebês não estavam vacinados.

A vacinação também é ofertada pelo SUS (Sistema único de Saúde) para gestantes, todos os profissionais da saúde e parteiras tradicionais. Também está disponível para estagiários da área da saúde que atuam em berçários, maternidades, unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos.

Entre os 258 casos registrados em Santa Catarina em 2024, 82 deles foram em bebês menores que um ano. Conforme o Ministério da Saúde, essa faixa etária precisa de atenção especial porque são mais propensos a formas graves da doença e até letais, que podem incluir crises de tosse, dificuldade para respirar, sudoreses e vômitos. Também pode ocorrer apneia, parada respiratória, convulsões e desidratação.

Confira os casos divididos por idade:

30 anos ou mais: 51 casos
20 a 29 anos: 19 casos
15 a 19 anos: 24 casos
10 a 14 anos: 55 casos
5 a 9 anos: 13 casos
1 a 4 anos: 14 casos
Menos de um ano: 82 casos

Fonte: ND+
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