EDUCAÇÃO - 14/01/2025 05:58

Lei que proíbe uso de celulares em escolas públicas e privadas é sancionada por Lula

Proposta permite o uso de equipamentos em ambientes escolas apenas em situações específicas, como emergências ou fins didáticos, com orientação do professor
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Foto: RIcardo Stuckert / Presidência da República

O presidente Lula (PT) sancionou nesta segunda-feira (13) a lei que limita o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o país. A legislação proíbe o uso de smartphones durante a aula e também nos recreios ou intervalos. As informações são do portal g1.

A nova lei havia sido aprovada pelo Congresso no fim do ano passado. As regras valem para a educação básica, o que inclui pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.

A sanção ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto, com o ministro da Educação, Camilo Santana, outros ministros, secretários e profissionais da Educação, além da primeira-dama, Janja da Silva.

Lula definiu a aprovação da lei pelos deputados como um “ato de coragem”, por enfrentar possíveis resistências na internet, e afirmou que a legislação permitirá que crianças possam brincar e interagir mais nos ambientes escolares.

A lei sancionada nesta segunda-feira permite a entrada de estudantes com telefones celulares, mas o uso será restrito a situações excepcionais como emergências ou necessidades de saúde.

O uso fica permitido também para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor, e para garantir acessibilidade e inclusão.

O projeto ainda precisa ser regulamentado para começar a valer. O ministro da Educação informou que as orientações para a aplicação da lei devem ser definidas ainda este mês, e que as escolas poderão implementar as normas a partir de fevereiro, com o retorno das aulas. Também haverá um período de adaptação das redes escolares.

Aprovação ocorreu em dezembro

O projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 11 de dezembro e pelo Senado uma semana depois, no dia 18. Na época, a proposta foi encarada como medida necessária e adequada, embora tenha sido apresentada há nove anos pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS).

A medida já foi adotada em locais como a cidade do Rio de Janeiro. Apesar disso, o texto recebeu críticas de parlamentares contrários à medida, com argumentos como uma possível intromissão do Estado em decisões individuais ou familiares. O avanço da medida no Congresso causou reações de escolas em SC.

Durante a tramitação, pesquisas chegaram a mostrar que oito em cada 10 adultos eram favoráveis ao projeto que proibia o uso de celulares nas escolas.

Para poder ser aprovado, o texto precisou ser flexibilizado pelos parlamentares. Inicialmente, o projeto proibia que alunos do ensino infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental portassem celulares nas escolas. A versão aprovada da proposta sofreu alterações para permitir o porte do celular nas escolas, mas limitando o uso a casos de perigo ou necessidade, como emergências de saúde ou atividades pedagógicas com acompanhamento do professor. As mudanças no projeto deixaram dúvidas sobre o que era permitido e o que era proibido no projeto sobre restrição de celulares em escolas no país.

Fonte: NSC
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