O homem suspeito de torturar e matar a companheira a facadas
na Comarca de Dionísio Cerqueira foi denunciado pelo Ministério Público de
Santa Catarina (MPSC) por feminicídio e por tortura. Os crimes foram
registrados nos dias 29 e 30 de dezembro de 2024. A Justiça já recebeu a
denúncia que foi feita nesta quarta-feira (29/1).
De acordo com a ação penal, no dia 29 de dezembro de 2024, o
réu praticou o crime de tortura. O acusado levou a vítima para o interior do
município, na Linha São Paulo, e com uso de violência a constrangeu para que
ela lhe repassasse a senha do seu celular, pois ele estaria com suspeitas de
infidelidade por parte dela. O denunciado passou a lâmina de uma faca sobre o
rosto da vítima deixando ferimentos.
Além disso, ele a agrediu reiteradamente durante o trajeto
para o interior, usando o cabo da faca como instrumento contundente. A todo o
tempo, o acusado exigia que a vítima desbloqueasse o seu celular, para obter as
informações nele armazenadas, buscando "provar" a suposta
infidelidade.
Então, no dia 30 de dezembro, no bairro Aeroporto, o réu
levou a companheira novamente a um local ermo e a matou com três golpes de faca
que atingiram o peito e o abdômen. A vítima era mãe de duas crianças, que tem
três anos e um ano de idade.
Na ação, o Promotor de Justiça Lucas Broering Correa requer
a aplicação de causa de aumento de pena ao feminicídio devido ao crime ter sido
praticado com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e também a
consideração da circunstância agravante pelo motivo torpe. Correa também
reforça na denúncia que o acusado nutria "um grave sentimento de possessividade
e objetificação da vítima".
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados porque o
processo tramita em segredo de justiça.