A Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, localizada entre Benedito Novo e Doutor Pedrinho, é uma das Unidades de Conservação de Proteção Integral, administradas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e um patrimônio natural valioso para a conservação ambiental catarinense que completa 48 anos nesta terça-feira (4).
A unidade foi criada em 4 de fevereiro de 1977 e desempenha um papel muito importante, uma vez que, contribui para a preservação, manutenção, restauração e a recuperação do ambiente natural, assegurando a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.
O nome da Reserva faz referência à espécie arbórea Ocotea odorifera, conhecida popularmente como canela-sassafrás ou simplesmente sassafrás, que pertencente à família das Lauráceas. Sua área é de aproximadamente 5.229 hectares, e está dividida em duas glebas. A menor possui cerca de 1.361 hectares e está localizada na comunidade de Alto São João, no município de Benedito Novo. A gleba maior possui cerca de 3.868 hectares e está localizada na comunidade de Alto Forcação, no município de Doutor Pedrinho.
É importante lembrar, que o IMA administra Unidades de Conservação de Proteção Integral da categoria Parque que permitem a visitação pública, e da categoria Reserva Biológica, onde o manejo ambiental é restrito e o acesso só é permitido a pesquisadores.
Sobre a Reserva
A Reserva Biológica Estadual do Sassafrás está repleta de nascentes que formam belos vales e cursos d’água que abastecem os principais rios da região e que são importantes tributários do Rio Itajaí. A unidade encontra-se em uma zona de transição entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista, o que torna a região rica em biodiversidade. Apresenta diversas espécies ameaçadas como xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana), canela-preta (Ocotea catharinensis), imbuia (Ocotea porosa) e a canela-sassafrás (Ocotea odoríiera). Contudo, esta área do conhecimento necessita de mais pesquisas.
A região abriga espécies de mamíferos atualmente raras em Santa Catarina, como a anta (Tapirus terrestris) e o queixada (Tayassu pecari). A diversidade e composição da avifauna da região da Reserva são bastante características da zona de transição entre as Florestas Ombrófilas Densa e Mista, com alta riqueza e diversidade, bem como, elevado número de espécies com interesse para conservação e ameaçadas de extinção. A Reserva demonstra ser uma importante área também para a conservação de anfíbios, com 43 espécies, desponta como a terceira unidade com maior diversidade no estado, apresentando quase 30% da anurofauna conhecida para Santa Catarina.