O relacionamento comercial do Brasil com os Estados Unidos é
marcado por predominância da economia norte-americana, segundo números da série
histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC).
A compilação de dados, que tem início em 1997, mostra um
saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões
em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior.
Os números oficiais revelam, também, que o Brasil tem
registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou
seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil
superaram suas importações em US$ 88,61 bilhões.
Um déficit comercial, neste caso, significa que o Brasil
importou mais produtos americanos do que exportou para os Estados Unidos. O
que, para a economia brasileira, representa um cenário desfavorável.
No ano passado, os números manifestam equilíbrio na relação
comercial com os Estados Unidos. Foram exportados US$ 40,33 bilhões em
produtos, e importados US$ 40,58 bilhões, resultando em um déficit comercial de
US$ 253 milhões para o Brasil.
EUA x mundo
Em termos proporcionais, entretanto, a quantidade de
produtos importados do Brasil pelos EUA é bem pequena em comparação com outros
parceiros comerciais da maior economia do mundo.
Os últimos dados do Departamento de Comércio norte-americano
indicam que o volume de importações do Brasil pelos EUA somou US$ 38,5 bilhões
(aproximadamente R$ 225,9 bilhões) no ano passado até novembro. Esse valor
representa apenas 1,3% do total de importações do país.
Apesar da relação comercial pequena na comparação com outros
blocos e países, os números sobre investimentos indicam que os Estados Unidos
precisam do Brasil.
No entanto, como os norte-americanos são os maiores
importadores e os segundos maiores vendedores do mundo, a dependência
brasileira é muito maior.