
A final do Campeonato Catarinense 2025, disputada no último
sábado (22) entre Avaí e Chapecoense, no estádio da Ressacada, em
Florianópolis, foi marcada por polêmicas dentro e fora de campo. Após a partida,
o árbitro Gustavo Bauermann passou a receber ameaças e mensagens ofensivas em
suas redes sociais e contatos pessoais.
Além das intimidações diretas ao árbitro, familiares dele,
que moram em Campo Erê, também foram alvo dos ataques. Segundo relatos, os
suspeitos enviaram prints do endereço da mãe e da avó do árbitro — uma idosa
com problemas de saúde — insinuando uma possível "visita".
Diante da gravidade das ameaças, a mãe de Gustavo acionou a
Polícia Militar, que fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi localizado.
Como medida de segurança, a família deixou a residência e foi acolhida na casa
de amigos.
O caso será encaminhado à Polícia Civil, que ficará
responsável por investigar a origem das ameaças e identificar os envolvidos.
O que aconteceu em
campo
A confusão teve início aos 15 minutos do segundo tempo,
quando a Chapecoense vencia por 1 a 0. Um lance duvidoso dentro da área do time
do Oeste gerou reclamação, mas o árbitro não marcou pênalti.
Momentos depois, o VAR recomendou a revisão do lance. No
caminho para checar a jogada, Bauermann foi cercado por jogadores e membros da
comissão técnica da Chape, e um dos atletas chegou a peitá-lo, sendo expulso
imediatamente.
A situação gerou tumulto, e a Polícia Militar precisou
entrar em campo para conter os ânimos. Após 10 minutos de paralisação, a
arbitragem confirmou a marcação do pênalti a favor do Avaí, que converteu a
cobrança e empatou o jogo em 1 a 1. Como a primeira partida da final, em
Xanxerê, terminou 2 a 2, o título ficou com o Avaí pelo critério de desempate
do regulamento.
Reação da Chapecoense
Após o jogo, o presidente da Chapecoense recusou receber as
medalhas de vice-campeão e ameaçou abandonar a Federação Catarinense de Futebol
(FCF), alegando que o clube foi prejudicado pela arbitragem.
Em nota oficial, a Chapecoense declarou que não compactua
com nenhum tipo de violência, mas criticou a atuação da arbitragem,
classificando-a como tendenciosa e prejudicial ao clube. O time também se
manifestou sobre invasões de torcedores adversários ao campo, alegando que a
integridade de seus atletas e equipe técnica ficou em risco.
A Federação Catarinense de Futebol ainda não se pronunciou
sobre o caso.