DADOS DO RELATÓRIO DO MT - 07/04/2025 17:37 (atualizado em 07/04/2025 20:17)

Mulheres recebem 20,9% a menos do que homens, segundo relatório do Ministério do Trabalho

Se as mulheres ganhassem o mesmo que os homens, em igual função, R$ 95 bilhões teriam entrado na economia do país
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Funcionários em uma fábrica (José Paulo Lacerda/CNI)
Apesar da participação das mulheres no mercado de trabalho ter aumentado em 2024, a desigualdade salarial se manteve praticamente igual. Dados do Relatório Anual de Informações Sociais divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que as profissionais mulheres recebem 20,9% a menos de salário do que os colegas homens.

Dos 19 milhões de vínculos empregatícios analisados em empresas com mais de cem empregados, extraiu-se que a proporção de mulheres ocupadas aumentou de 40% para 40,6%. Em números absolutos, em 2024, foram registradas 7,7 milhões de mulheres formalmente empregadas.

Porém, a remuneração média entre estas mulheres ficou em R$ 3.755,01, enquanto os ganhos médios mensais entre os homens foi de R$ 4.745,53. A desigualdade, porém, não atinge apenas a questão de gênero. Mulheres negras têm salário médio ainda menor, de R$ 2.864,39. O valor é cerca de 40% menor em relação aos salários médios de mulheres não-negras e 52,5% abaixo do que os ganhos de homens não-negros.

No comparativo com 2023, o Ministério das Mulheres avalia como positiva a queda no número de estabelecimentos com no máximo 10% de mulheres negras empregadas. Em 2023 foram analisados 50.692 locais de trabalho, 42,7% deles tinham até 10% de mulheres negras empregadas. Em 2024, das 53.014 empresas observadas, 38% estavam neste patamar.

A análise de qualificação ainda revela que profissionais mais escolarizados apresentam maior disparidade salarial. Mulheres em ocupações que demandam nível superior ganham, em média, 31,5% a menos do que os homens em mesmas funções. Trabalhadoras de serviços administrativos registraram uma desvantagem menor em relação aos pares homens, de 20,2%.

De acordo com o relatório, se as mulheres ganhassem o mesmo que os homens, em igual função, o país teria registrado a entrada de R$ 95 bilhões a mais na economia em 2024.

Políticas afirmativas

Nesta segunda-feira (7), os ministérios do Trabalho e Emprego e das Mulheres instituíram o Comitê Gestor do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral. Enquanto a igualdade salarial trata da remuneração, a igualdade laboral se refere à relação de equilíbrio nas oportunidades de crescimento profissional, a busca pelo fim da discriminação no ambiente de trabalho e, ainda, a distribuição igualitária das horas trabalhadas em serviços domésticos não-remunerados.

O grupo ficará responsável por monitorar a implementação de ações propostas, avaliar eficácia e propor alterações. Integrantes dos ministérios dos Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Igualdade Racial e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos também participaração do comitê.

Em conjunto, as pastas das Mulheres e do Trabalho também lançaram um guia para auxiliar na negociação coletiva de salários.

Fonte: SBTNEWS
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