
Dos 19 milhões de vínculos empregatícios analisados em empresas com mais de cem empregados, extraiu-se que a proporção de mulheres ocupadas aumentou de 40% para 40,6%. Em números absolutos, em 2024, foram registradas 7,7 milhões de mulheres formalmente empregadas.
Porém, a remuneração média entre estas mulheres ficou em R$ 3.755,01, enquanto os ganhos médios mensais entre os homens foi de R$ 4.745,53. A desigualdade, porém, não atinge apenas a questão de gênero. Mulheres negras têm salário médio ainda menor, de R$ 2.864,39. O valor é cerca de 40% menor em relação aos salários médios de mulheres não-negras e 52,5% abaixo do que os ganhos de homens não-negros.
No comparativo com 2023, o Ministério das Mulheres avalia como positiva a queda no número de estabelecimentos com no máximo 10% de mulheres negras empregadas. Em 2023 foram analisados 50.692 locais de trabalho, 42,7% deles tinham até 10% de mulheres negras empregadas. Em 2024, das 53.014 empresas observadas, 38% estavam neste patamar.
A análise de qualificação ainda revela que profissionais mais escolarizados apresentam maior disparidade salarial. Mulheres em ocupações que demandam nível superior ganham, em média, 31,5% a menos do que os homens em mesmas funções. Trabalhadoras de serviços administrativos registraram uma desvantagem menor em relação aos pares homens, de 20,2%.
Políticas afirmativas
O grupo ficará responsável por monitorar a implementação de ações propostas, avaliar eficácia e propor alterações. Integrantes dos ministérios dos Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Igualdade Racial e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos também participaração do comitê.
Em conjunto, as pastas das Mulheres e do Trabalho também lançaram um guia para auxiliar na negociação coletiva de salários.