SANIDADE ANIMAL E VEGETAL - 09/05/2025 11:34 (atualizado em 09/05/2025 11:36)

Maio é dedicado à saúde agropecuária em SC; Cidasc destaca 18 anos livre de febre aftosa sem vacinação

Veterinário da Cidasc de São Miguel do Oeste, Diogo Gadotti, explica as ações da campanha estadual, que se tornou referência nacional, e a importância da sanidade para a economia e saúde pública.
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Santa Catarina dedica o mês de maio à promoção da saúde animal e vegetal, uma iniciativa que começou com uma lei estadual em 2022, proposta pelo deputado Altair Silva, e que, devido ao seu sucesso, foi incluída no calendário nacional pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) está à frente das celebrações e, em 2025, abordará nove temas em campanhas e palestras, com destaque para um fórum sobre a febre aftosa, comemorando os 18 anos do reconhecimento do estado como zona livre da doença sem vacinação.

Foto: Marcos de Lima / WH Comunicações

Nesta sexta-feira (09), Diogo Gadotti, médico veterinário e chefe do departamento da Cidasc em São Miguel do Oeste, participou do Atualidades e detalhou a importância da campanha. "Esse mês da saúde animal foi instituído com o objetivo de promover a saúde animal, vegetal, o meio ambiente e a saúde humana. Todo o reflexo das nossas ações na Cidasc tem por objetivo primário salvaguardar um dos maiores patrimônios do estado, que é a sanidade animal e vegetal, visto que mais de um terço do PIB estadual vem do agro", explicou Gadotti.

Ampla Atuação da Cidasc Embora frequentemente associada à saúde animal devido ao volume de produção, a Cidasc tem um papel crucial na sanidade vegetal. Gadotti citou o exemplo da erradicação da praga Cydia pomonella (lagarta-da-maçã) dos pomares catarinenses há 10 anos, o que permitiu a exportação de frutas como a maçã para novos mercados. "A Cidasc atua também na classificação de produtos de origem vegetal, na fiscalização em aduanas, como em Dionísio Cerqueira, no controle de pescado e frutos do mar no litoral, e na horticultura. O objetivo é garantir que cheguem à mesa do consumidor alimentos com inocuidade", afirmou.

Conquistas e Desafios na Sanidade Animal O carro-chefe das comemorações deste ano é o reconhecimento de Santa Catarina, há 18 anos, como área livre de febre aftosa sem vacinação – o primeiro estado do país a obter tal status a nível mundial. "Isso nos abriu um mercado para exportação, principalmente de carne, gigantesco. Manter esse status é mais difícil do que conquistá-lo", ressaltou Gadotti. Ele explicou que a decisão de suspender a vacinação nos anos 2000, mesmo sob pressão durante um surto no Rio Grande do Sul, foi estratégica e fundamental para acessar mercados mais exigentes, comprovando a ausência do vírus no rebanho. Hoje, Santa Catarina é o maior exportador de carne suína do Brasil.

Outros marcos importantes incluem mais de 10 anos de reconhecimento como área livre de Peste Suína Clássica. Sobre o mormo em equinos, Gadotti esclareceu que, embora a exigência do exame para eventos tenha sido flexibilizada pelo Ministério da Agricultura (sacrifício sanitário apenas com sinais clínicos), a Cidasc continua recomendando o teste como garantia, especialmente pelo valor afetivo e esportivo dos animais.

Temas da Campanha 2025 e Educação Sanitária Além da febre aftosa, a campanha de maio abordará temas como Peste Suína Clássica, erradicação da Cydia pomonella, a importância do cadastro agropecuário atualizado, o papel das barreiras sanitárias fixas e móveis, e a prevenção da influenza aviária. Um dos pilares da Cidasc é a educação sanitária. "Procuramos orientar, e não apenas punir. O que foi conseguido até hoje foi uma parceria construída a muitas mãos: produtores, poderes públicos e a Cidasc. Trabalhamos a educação sanitária nas escolas para formar cidadãos mais conscientes e responsáveis", disse Gadotti. Ele destacou que na região Extremo Oeste, municípios como Itapiranga, Tunápolis e Cunha Porã estão entre os cinco do estado com maior número de propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose.

A Cidasc se coloca à disposição de escolas para parcerias em projetos de educação sanitária e reforça que suas portas estão abertas para produtores rurais e a população em geral que buscarem informações.

Fonte: Marcos de Lima / FM 103
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