
São
Miguel do Oeste decretou situação de emergência no fim da tarde desta
quinta-feira (22) após ser atingida por uma microexplosão por volta das 02h30
da madrugada. A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Defesa Civil do
município, no centro administrativo.
Apesar de
não haver registro de vítimas com ferimentos, o temporal causou muitos
estragos. Houve diversas quedas de árvores e barreiras, além de grande
quantidade de material nas ruas. Árvores caíram sobre a iluminação pública e a
rede elétrica, deixando muitas propriedades sem energia e sem internet.

Willian
Lanza, coordenador da Defesa Civil municipal, explicou que uma microexplosão é
caracterizada por fortes rajadas de vento que podem atingir de 80 a 100 km/h ou
mais, por vezes acompanhadas de chuva e granizo. "É tratado como uma
microexplosão para entender próximo de um tornado", comparou Lanza.
Meteorologistas da Defesa Civil e outros especialistas confirmaram que foi esse
fenômeno que atingiu São Miguel do Oeste e parte da região.
Bairros e
áreas mais afetadas:
• São Jorge
• Jardim Peperi
• São Luiz
• Sagrado Coração de Jesus
• Progresso
• Centro da cidade
• Interior, incluindo Linha Emboaba e
Linha Filomena (outras comunidades estão sendo avaliadas)
Equipes
da Secretaria de Obras e da Secretaria de Urbanismo estão atuando intensamente
desde a madrugada de quinta-feira. A Defesa Civil está coordenando os
trabalhos. Na tarde desta quinta, a assistência social, juntamente com a
Força-Tarefa do Exército (comandada pelo tenente Fábio), iniciou o levantamento
de dados para identificar o número de pessoas desabrigadas e desalojadas, além
de quantificar a necessidade de materiais como telhas.
O decreto
de situação de emergência é crucial para que os moradores que possuem seguro
possam acioná-lo, algo que estava dificultado pela falta de documentação. O
documento será publicado em breve no Diário Oficial dos Municípios e no site da
prefeitura, facilitando o acesso a ajudas para reestruturação, como a compra de
eletrodomésticos e o fornecimento de telhas.
Lanza
pediu bom senso à população, destacando que quem tem seguro deve acioná-lo,
para que a ajuda pública possa priorizar aqueles sem condições de arcar com os
prejuízos. Ele reiterou que o fenômeno foi uma microexplosão com fortes rajadas
de vento e granizo, além de um grande volume de chuva (mais de 100 milímetros
em cerca de 30 minutos), que causou alagamentos devido à impossibilidade de
escoamento.
A Defesa
Civil espera receber materiais (telhas) já no final desta sexta-feira (23) ou
no sábado (24) para auxiliar a população. Há uma força-tarefa com mais de 20
equipes das forças de segurança e do Poder Público se deslocando para todas as
comunidades para diminuir os impactos.

A
Secretaria de Obras também fará uma força-tarefa na próxima semana para
recuperar as estradas rurais, que foram bastante danificadas. "Primeiro
vamos salvar as vidas, primeiro vamos tentar reconstruir os bens para que as
pessoas consigam ficar dentro de suas residências", afirmou Lanza, pedindo
paciência à população em relação à recuperação das vias. Estruturas já
colapsadas foram isoladas e as pessoas relocadas para casas de parentes ou
abrigos pela assistência social.
Até o
momento 25 pessoas desabrigadas, e mais de 150 residências foram atingidas pelo
temporal.