
Com a intensificação do frio, os atendimentos por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) dispararam em todo o Estado de Santa Catarina, e São Miguel do Oeste não é exceção. A UTI do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso está superlotada, e o número de casos atendidos pelas unidades básicas de Saúde e na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) também aumentou consideravelmente. (Assista o vídeo abaixo).
O Coordenador da Vigilância Epidemiológica de São Miguel do
Oeste, Marcos Bortolanza, destacou a necessidade da imunização contra a
influenza e a importância de buscar atendimento médico em caso de necessidade.
"Nos últimos dias, especialmente em virtude do
surgimento dessas ondas de frio, as pessoas tendem a manter os ambientes mais
fechados, com menos circulação de ar, e, por outro lado, ocorre uma
disseminação maior e exposição aos vírus respiratórios", explicou
Bortolanza. Ele lembrou que a campanha de vacinação contra a influenza foi
lançada no mês anterior justamente para prevenir e diminuir a transmissão, mas
a cobertura vacinal está, infelizmente, baixa.
O resultado é um alto índice de adoecimento, especialmente
pelos vírus influenza A e B, sendo o influenza A o que mais tem causado
sintomas graves e complicações. Bortolanza informou que o estado já registra
mais de 1.200 casos confirmados de influenza e mais de 140 óbitos associados.
As unidades hospitalares estão lotadas, principalmente os leitos de UTI, com
pessoas com comorbidades, crianças e idosos sendo os mais afetados, levando a
internações prolongadas e um alto índice de letalidade e mortalidade.
Orientação à
população
Marcos Bortolanza reforça a orientação para a população:
"Apresentou sintomas, busque atendimento médico". Ele enfatiza a
urgência da busca por socorro se os sintomas incluírem dificuldade para
respirar, cansaço respiratório, falta de ar ou arroxeamento nos lábios.
Além disso, o coordenador aconselha que, na presença de
tosse, febre ou dor na garganta, as pessoas usem máscara e mantenham os
ambientes bastante arejados. "Urgentemente, procurem a vacinação, que é o
que vai ajudar muito a evitar esses casos mais graves", concluiu
Bortolanza.
De acordo com dados da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina, até esta segunda-feira (16), São
Miguel do Oeste confirmou 10 casos de influenza, sendo um caso de Influenza A -
H1N1, um caso de Influenza B – H3N2 e oito casos de Influenza A com sorotipo
não classificado, sendo que um desses casos se agravou necessitando leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Assista: