SANEAMENTO - 26/06/2025 23:19 (atualizado em 26/06/2025 23:24)

Apenas 34,8% do esgoto em Santa Catarina é destinado a tratamento, aponta estudo nacional

Estudo foi divulgado na IFAT Brasil (Feira Internacional para Água e Esgoto), com dados do Censo de 2022 do IBGE; ainda, menos da metade da área urbana de SC possui capacidade de drenar chuvas
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Apenas um terço dos catarinenses possuem tratamento de esgoto, aponta IFAT – Foto: Reprodução

Santa Catarina tem apenas 34,8% de cobertura de tratamento de esgoto, segundo levantamento da IFAT Brasil (Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos). O estado ocupa a 13ª pior posição no ranking nacional e está entre os que têm os índices mais baixos das regiões Sul e Sudeste – à frente apenas do Rio Grande do Sul.

O estudo, divulgado na última quarta-feira (25), é a primeira edição da pesquisa realizada pela IFAT Brasil, que utilizou dados do Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e de outras entidades.

O ranking mostra que, em 20 das 27 unidades federativas brasileiras, menos da metade dos imóveis têm acesso à rede de esgoto tratado. Entre as UF com maior cobertura estão o Distrito Federal (82%), Roraima (81,3%) e Paraná (75,9%). Os piores índices são registrados no Acre (0,7%), Pará (8,3%) e Rondônia (9,8%).

Os 15 piores estados em cobertura de tratamento de esgoto:

1. Acre (AC): 0,7%
2. Pará (PA): 8,3%
3. Rondônia (RO): 9,8%
4. Maranhão (MA): 14,1%
5. Amapá (AP): 14,2%
6. Alagoas (AL): 14,8%
7. Piauí (PI): 18,8%
8. Amazonas (AM): 20,2%
9. Rio Grande do Sul (RS): 26,6%
10. Rio Grande do Norte (RN): 29,8%
11. Pernambuco (PE): 30,1%
12. Tocantins (TO): 32,3%
13. Santa Catarina (SC): 34,8%
14. Ceará (CE): 36,6%
15. Sergipe (SE): 38,1%

Além do tratamento de esgoto, estado possui baixa capacidade de drenar água de chuvas nas cidades

Ainda, o levantamento da IFAT também considerou aspectos como acesso à rede de água, drenagem de vias públicas e unidades de disposição final adequada de lixo urbano.

A cobertura de vias públicas com redes ou canais pluviais subterrâneos na área urbana foi de apenas 41,9% em Santa Catarina, indicando que menos da metade do estado possui capacidade de drenar água de chuvas.

Por outro lado, o estudo mostra que 89,6% dos catarinenses possuem acesso à rede de água tratada, enquanto 92,1% dos resíduos sólidos urbanos são destinados a unidades adequadas para disposição.

Em nota, a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) afirmou que atua em 193 dos 295 municípios catarinenses, não sendo responsável pelo atendimento em todas as cidades do estado.

“É importante destacar que, entre os 14 municípios catarinenses com população superior a 100 mil habitantes, apenas quatro são atendidos pela Casan: Florianópolis, São José, Chapecó e Criciúma. Outros grandes centros urbanos, como Balneário Camboriú; Blumenau; Brusque; Camboriú; Itajaí; Jaraguá do Sul; Joinville; Lages; Palhoça e Tubarão, não estão sob a responsabilidade da Companhia”, pontuou a empresa.

A Casan também afirmou que, dentro de sua área de atuação, a cobertura de abastecimento de água é de 97,65%, enquanto a cobertura de esgoto chegou a 31,37% da população atendida. “Esses índices vêm sendo ampliados por meio de investimentos contínuos em infraestrutura e inovação”, diz a Companhia.

Entre os investimentos, a Casan destaca o programa Esgotamento Sobre Rodas e a entrega de 14 novas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) em 2023 e 2024. Segundo a Companhia, os investimentos nos últimos cinco anos ultrapassam R$ 1 bilhão.

Fonte: ND+
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