Há lugares que permanecem dentro da gente, mesmo quando os sonhos apontam para longe. Maravilha é um desses lugares que fica no coração, mesmo quando decidimos partir. Ao longo dos anos, muitos deixaram a cidade em busca de novos caminhos. Cruzaram fronteiras, construíram outras rotinas e aprenderam a viver longe de casa. Mas, mesmo a milhares de quilômetros de distância, Maravilha segue presente no dia a dia, nas lembranças, no sotaque que resiste ou ainda nas amizades que o tempo não apagou. Na sequência, conheça histórias de quem foi embora, mas nunca deixou Maravilha totalmente para trás.
Marcelo e Stefani

Foto: Arquivo pessoal
O casal Marcelo Henchen Ninov e Stefani Castro Pereira Ninov vive atualmente em Dublin, na Irlanda. Marcelo foi o primeiro a embarcar rumo à Europa. O primeiro destino foi a Itália, em busca do reconhecimento da cidadania italiana, passo importante para abrir mais portas ao casal. Meses depois, foi a vez de Stefani se juntar a ele.
Há cerca de um ano fora do Brasil, eles contam que a mudança foi motivada pelo desejo de buscar melhores oportunidades profissionais, mais segurança, tranquilidade e a chance de construir um futuro mais estável.
“Sem dúvidas, o que mais sentimos falta é da família e dos amigos. São eles que tornam qualquer lugar mais especial. Da cidade em si, sentimos saudade daquele clima mais quente que só Maravilha tem, da comida brasileira que é única e do acolhimento das pessoas”, compartilham.
Essa é apenas a primeira etapa de uma nova caminhada: a construção de uma vida a dois fora do país. Apesar da distância, o vínculo com Maravilha permanece forte e uma visita à cidade assim que possível segue nos planos do casal, com o intuito de rever familiares e amigos.
“Parabéns, Maravilha, pelos seus 67 anos! É uma alegria fazer parte dessa cidade que tanto amamos. Cada canto, cada pessoa, cada lembrança tem um lugar especial no nosso coração. Que continue crescendo e trazendo alegria para todos”, destacam.
Thainá

Foto: Arquivo pessoal
Aos 31 anos, Thainá Minela já soma oito anos vivendo fora do Brasil. Foram sete deles em Lansing, no estado de Michigan (EUA), e, há cerca de um ano, ela se mudou para College Station, no Texas. Apesar da distância, mantém uma tradição que faz questão de tentar preservar: visitar Maravilha uma vez ao ano. E, sempre que volta, a emoção é inevitável.
“A sensação é que uma parte de mim estava faltando aquele tempo todo. Quando piso na nossa casinha no Bairro Madalozzo e abraço minha família, aquela partezinha volta para o lugar”, conta.
Ela afirma que é nostálgico andar pelas ruas de Maravilha e ver como o cenário vai mudando com o passar dos anos, mas como a essência da cidade permanece a mesma.
Thainá destaca que ela e a família, vindos de Chapecó, sempre se sentiram muito acolhidos em Maravilha. Uma das coisas que ela mais sente falta é de fazer parte de uma comunidade (ou várias). Ela lembra que a família Minela faz parte de muitas “tribos”: a tribo do João XXIII, do LEO Clube Ômega Maravilha, Lions Clube Maravilha Oeste, Vida Vôlei, Clube de Orquidófilos, Cooperativa Auriverde... e é disso que ela mais sente falta: as pessoas.
“Desejo muitos mais anos de comunidades fortalecidas e acolhedoras! Que o povo e chão maravilhenses continuem recebendo ‘forasteiros’ de braços abertos, assim como fizeram com a minha família. E que façam deles orgulhosos por se tornarem maravilhenses no coração”, diz.