
A manifestação pró-Bolsonaro da tarde deste domingo (3), na avenida Paulista, em São Paulo, levou três vezes mais público do que o ato realizado no final de junho, segundo levantamento do Monitor do Debate Político, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), em parceria com a ONG More in Common.
O projeto calculou que 37,6 mil pessoas acompanharam a manifestação pró-Bolsonaro convocado pelo pastor Silas Malafaia. Com uma margem de erro de 12%, o público foi entre 33,1 mil e 42,1 mil. É mais do que o triplo de gente presente no ato bolsonarista do fim de junho: 12,4 mil.
No dia 10 de julho foi a vez da esquerda ir às ruas em São Paulo para pedir a taxação dos super-riscos, o fim da escala 6×1 e protestar contra a tarifa de 50% anunciada por Donald Trump ao Brasil. Segundo o Monitor do Debate Político, o ato reuniu 15,1 mil pessoas. Mais que o protestos bolsonarista de junho, mas quase três vezes menos que o ato deste domingo.
Público em manifestação pró-Bolsonaro
De acordo com o Monitor do Debate Político, do Cebrap, o cálculo é realizado no auge da manifestação pró-Bolsonaro, utilizando fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial. Na manifestação deste domingo, o auge ocorreu às 15h33.
“Nunca a Paulista esteve tão lotada”, comemorou Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados. Foi o parlamentar que ameaçou ter “guerra nas ruas” se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não estiver nas urnas em 2026.
O site Poder360 fez sua própria contagem e chegou a 57.600 pessoas na manifestação pró-Bolsonaro deste domingo. Segundo o portal, foram utilizadas fotos aéreas em alta resolução para o levantamento.
“Com as fotos disponíveis, a área ocupada pelos manifestantes foi esquadrinhada com o Google Earth para que fosse possível saber em quantos metros quadrados havia público. Depois, somou o número de pessoas em cada metro quadrado e chegou ao total estimado.”, explicou a publicação.
Sem a presença de Jair Bolsonaro, proibido de sair nos fins de semana, de sua família — que optaram por comparecer a outros atos, e de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), havia preocupação de que a manifestação da avenida Paulista poderia ser esvaziada.