ECONOMIA - 17/09/2025 16:19

Inadimplência atinge 71,78 milhões de consumidores e chega a 43% da população adulta

Levantamento aponta crescimento de 9,2% em um ano; dívidas bancárias lideram, e valor médio por negativado chega a R$ 4,7 mil
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Na comparação com agosto de 2024, inadimplência teve alta de 9,2% / Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo

O número de brasileiros com contas em atraso continua crescendo e alcançou 71,78 milhões de consumidores em agosto de 2025, o equivalente a 43,13% da população adulta do país. Os dados fazem parte do Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, divulgado esta semana pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Na comparação com agosto de 2024, a alta foi de 9,2%. Em relação a julho deste ano, a variação foi de 0,71%. O tempo médio de atraso das dívidas é de 28,4 meses, ou 2,4 anos.

Segundo o levantamento, o aumento anual de devedores foi puxado pelas dívidas com três a quatro anos de atraso, que cresceram 39,69%. Já as pendências entre um e três anos representam a maior fatia dos inadimplentes (36,19%).

“O aumento da inadimplência e o fato de quase metade da população adulta estar negativada mostram que as famílias ainda têm dificuldades para reorganizar suas finanças. A alta em dívidas de três a quatro anos sugere um problema estrutural de longo prazo”, avaliou o presidente da CNDL, José César da Costa.

Perfil dos devedores

A região Centro-Oeste registrou a maior alta anual no número de inadimplentes (9,1%), seguida por Sudeste (8,63%), Norte (8,08%), Nordeste (7,64%) e Sul (5,37%). No total, o Sudeste concentra 30,93 milhões de pessoas negativadas, enquanto o Centro-Oeste lidera em proporção (46,58% da população adulta).

A maior concentração está na faixa etária de 30 a 39 anos, com 17,67 milhões de inadimplentes — 52,07% dessa população. A idade média do devedor é de 44,9 anos. A divisão por gênero segue equilibrada: 51,12% de mulheres e 48,88% de homens.

“A concentração de devedores na faixa de 30 a 39 anos é um ponto de atenção. Essa parcela tem grande importância para o mercado de consumo, e sua dificuldade em quitar as dívidas impacta diretamente a economia. A alta do número de dívidas em atraso no setor de bancos reforça a necessidade de um olhar cuidadoso sobre o crédito”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

Valor e setores

Em agosto, o número total de dívidas em atraso no Brasil cresceu 15,86% em relação ao mesmo mês do ano anterior e 1,42% na comparação com julho. O valor médio devido por consumidor negativado foi de R$ 4.758,04.

Quase três em cada dez inadimplentes (30,39%) têm dívidas de até R$ 500. O setor bancário concentra a maior parte das pendências, com 66,52% do total, seguido por contas de água e luz (10,15%), comércio (9,34%) e outros segmentos (8,25%).

Fonte: R7
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