ECONOMIA - 06/10/2025 15:59 (atualizado em 06/10/2025 16:12)

Chapecó atrai investimentos residenciais com população crescendo 38,8% em pouco mais de uma década

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Se você está de olho em Santa Catarina para alugar apartamentos, vale acompanhar com atenção o que acontece em Chapecó.

O município do Oeste catarinense passou por uma transformação demográfica acelerada: entre 2010 e 2022, a população saltou 38,8%, de 183,5 mil para 254,8 mil habitantes, segundo o Censo do IBGE, uma das maiores altas entre as grandes cidades do estado.

E não parou por aí.

A estimativa oficial do IBGE para 2025 aponta 282.648 habitantes, mantendo Chapecó entre as cidades mais populosas de SC e reforçando a pressão por moradia e locação em bairros centrais e de expansão urbana.

O que explica o boom demográfico de Chapecó

O avanço populacional chapecoense combina três vetores: 

1 - Atração de mão de obra qualificada e de estudantes universitários; 

2 - Fortalecimento do papel de polo regional de serviços, saúde e educação; e 

3 - Ciclo consistente de investimentos privados, sobretudo em construção civil e comércio. 

O resultado foi um crescimento muito acima da média do Brasil no período 2010–2022 (6,45%) e também acima da própria média de Santa Catarina (21,78%).

A fotografia mais recente confirma a tendência: as estimativas populacionais de 2025 do IBGE elevam Chapecó para a casa de 282,6 mil moradores, sinalizando continuidade da demanda por novas moradias e unidades para locação.

Como o crescimento populacional se converte em demanda por moradia

Quando uma cidade cresce rápido, locação e compra respondem em ritmos diferentes.

No curto prazo, alugar apartamentos costuma ser a porta de entrada de quem chega, profissionais transferidos, famílias em transição e estudantes.

Em Chapecó, conselhos profissionais e entidades do setor registram aumento de procura tanto por produtos de médio e alto padrão quanto por apartamentos compactos voltados a jovens profissionais e universitários, com avanço da verticalização no tecido urbano.

Do lado da oferta, o mercado vem se organizando com mais dados.

Uma pesquisa setorial conduzida pelo Sinduscon Chapecó com apoio de institutos especializados começou a mapear lançamentos, estoque e velocidade de vendas, um passo importante para calibrar preço, tipologia e localização dos novos empreendimentos.

O comportamento dos lançamentos e vendas na região Sul

Embora números municipais detalhados variem por trimestre, o panorama regional ajuda a entender o fôlego do ciclo. 
Na região Sul, os lançamentos de apartamentos em 12 meses cresceram 57% e as vendas de unidades novas subiram 46% entre 2021 e 2025, conforme estudo da CBIC que cobre os principais municípios dos três estados do Sul.
Isso reforça o ambiente pró-construção em praças dinâmicas como Chapecó.

No consolidado nacional, o 1º trimestre de 2025 registrou 84,9 mil unidades lançadas e 102,5 mil unidades vendidas, com avanço também do VGV, contexto que, somado ao crescimento local, ajuda a explicar a velocidade de lançamento em cidades médias líderes em serviços.

Perfis de produtos que ganham tração

A combinação de crescimento populacional, universidades (atraindo estudantes) e empregos de serviços tende a favorecer quatro frentes de produto:

1. Studios e compactos próximos a eixos de mobilidade e áreas com serviços a pé (mercados, farmácias, academias). A procura por tipologias compactas vem sendo destacada por profissionais do mercado local.

2. Apartamentos de 2 e 3 dormitórios para famílias em formação, com varanda e vaga, em bairros com boa oferta de escolas e saúde, padrão predominante no estoque urbano regional

3. Condomínios de padrão médio/alto em zonas de expansão, acompanhando renda e demanda de executivos e empreendedores do polo regional.

4. Empreendimentos verticalizados com áreas comuns completas (coworking, espaço fitness, salão de festas) e soluções de segurança e automação, diferenciais cada vez mais comuns nos lançamentos catarinenses.

Oportunidades para o investidor: locação no centro do ciclo

Para o investidor pessoa física, alugar apartamentos em Chapecó pode capturar dois movimentos: valorização do ativo no médio prazo (pela escassez relativa de áreas bem localizadas) e renda recorrente via locação, sustentada pela entrada constante de novos moradores e estudantes.

O CRECI-SC tem destacado que Chapecó “atrai investidores” e que há aquecimento tanto no residencial quanto no comercial, refletindo o papel da cidade como polo regional.

Como sempre, é fundamental qualificar a análise:

Vacância: observar taxa de imóveis vagos por bairro e faixa de preço;

Liquidez: checar o tempo médio de locação e giro do estoque;

Ticket e condomínio: equilibrar aluguel potencial com custos fixos;

Perfil do público: proximidade de universidades e hospitais influencia a curva de demanda.

Esses pontos tendem a aparecer nas leituras periódicas do Sinduscon e em painéis de dados regionais.

Infraestrutura urbana e qualidade de vida: um ativo de longo prazo

Além da demografia, indicadores socioeconômicos ajudam a entender por que o ciclo é sustentável.

Chapecó aparece com alta escolarização (6–14 anos) e bons indicadores urbanos no recorte mais recente do IBGE Cidades; são elementos que, em geral, sustentam rentabilidade de locação e valorização de longo prazo quando combinados a desenvolvimento de serviços e mobilidade.

Também pesa a leitura estadual: Santa Catarina vive um ambiente de negócios robusto (com cadeias como tecnologia e agroindústria puxando renda), o que irrigou diversos mercados imobiliários nos últimos anos, inclusive fora do litoral.

Esse pano de fundo aparece em balanços e relatórios de entidades setoriais.

Riscos e pontos de atenção para 2025

Nem só de vento a favor vive o mercado. 

Entidades da construção projetaram crescimento moderado em 2025, com juros ainda influenciando segmentos de média e alta renda, algo que pode alongar prazos de venda em determinados tickets.

Para quem pretende investir, vale manter reserva de caixa, simular cenários de vacância e variação de juros e priorizar produtos com demanda estrutural (estudantes, profissionais de saúde e serviços).

Conclusão

Chapecó reúne as peças clássicas de um ciclo imobiliário saudável: demografia em aceleração, estimativas crescentes e mercado profissionalizado com novos lançamentos e leitura de dados. 

Para quem quer alugar apartamentos, o timing é particularmente favorável: a cidade continua recebendo novos moradores, fortalecendo polos de trabalho e ensino e diversificando seu estoque residencial.

Investidores e inquilinos encontram um ecossistema em evolução, e com base em números oficiais, o movimento tende a continuar.

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