
Em setembro, primeiro mês 100% com impacto do tarifaço dos Estados Unidos, as exportações catarinenses ao país tiveram queda de 54,9% em setembro frente ao mesmo período de 2024 e somaram US$ 78,7 milhões. Foram US$ 95,9 milhões a menos nessa comparação que em setembro do ano passado. Os EUA, que eram o principal destino das vendas de SC no exterior, ficaram em 4º lugar, atrás da China, México e Argentina.
Dos produtos mais exportados por SC ao mercado americano, o grupo de manufaturas de madeira teve queda de 53,40% em setembro frente ao mesmo mês de 2024, de madeira parcialmente trabalhada recuou 24,90%, móveis e partes tiveram queda de -11,70% e folheados e aglomerados de madeira recuaram 26,80%.
Também com vendas anteriores elevadas aos Estados Unidos, o grupo de motores de pistão e partes teve recuo de 55,7%, bombas e compressores de ar caíram 42,30%, o grupo de partes de veículos e assessórios caiu 23,90% e geradores elétricos tiveram queda de 12,7%.
– A manutenção do tarifaço em 50% já prejudica seriamente as exportações catarinenses para os EUA, com repercussões graves, como demissões. Dados de emprego já mostram perda de vagas na indústria – afirmou Gilberto Seleme, presidente da Federação das Indústrias (Fiesc).
Chamaram a atenção com crescimento acima da média as exportações de máquinas e aparelhos elétricos, com alta de 94,80% e vendas de aparelhos elétricos para ligação e conexão de circuitos, que cresceram 40,80%.
No mês de setembro, as exportações de Santa Catarina somaram R$ 1,1 bilhão, com queda de 1,2% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a setembro, totalizaram R$ 9,0 bilhões, com alta de 5,1% em relação aos mesmos meses do ano anterior. Afora a retração elevada nas exportações aos EUA, o estado registrou alta nas vendas para diversos mercados.
No ano, até setembro, os produtos com maior participação nas vendas externas foram carnes de aves com US$ 1,5 bilhão e crescimento de 8,4% frente ao mesmo período de 2024. Em segundo lugar veio a carne suína que teve faturamento de US$ 1,3 bilhão e crescimento de 14,5%, depois a soja, com US$ 447 milhões e queda de -12,10%.
As importações catarinenses em setembro alcançaram US$ 2,9 milhões, com crescimento de 2,1% frente ao mesmo mês do ano passado. No período de janeiro a setembro, totalizaram US$ 25,4 milhões, o que significa um crescimento de 2,5%. Os produtos que somaram as maiores cifras de importações no período de janeiro a setembro foram cobre somando US$ 1,1 bilhão (-2,1%), seguido por fertilizantes US$ 811 milhões (42%) e autopeças US$ 738 milhões (15,8%).